Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
No Estado cuja Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019 prevê déficit de 6 bilhões e 800 milhões de reais, os candidatos ao governo participam de debates sem fazer referência mais aprofundada a números. Preferem o embate pessoal que leva a quase nada.
Onde vai parar?
A 19 de agosto de 1998, o presidente Fernando Henrique Cardoso lançou programa para que o déficit do setor público não ultrapassasse 7 por cento do Produto Interno Bruto. Em 2017, chegou a 51 por cento. A estimativa é de que, em dezembro deste ano, irá a 56 por cento. Mesmo assim, candidatos ao Planalto criticam a política de congelamento de despesas públicas. São os tradicionais adeptos do quanto pior, melhor.
À espera
Candidatos que patinam nas pesquisas se contêm por mais 12 dias. Acreditam na magia do rádio e da TV a partir do dia 31, quando começará o espaço da propaganda obrigatória.
O desafio será agradar pragmáticos, reformistas, fisiológicos, decepcionados, corporativistas e dependentes.
Resposta necessária
Pergunta que precisa ser feita aos presidenciáveis nos próximos debates: em caso de vitória, vão ressuscitar a CPMF?
Desde 1993, quando foi criada, governos se aproveitaram do discurso em defesa da saúde pública para aumentar a arrecadação federal. Depois de o dinheiro entrar no caixa do Tesouro Nacional, acabou desviado para outros setores.
Para renovar a vigência da CPMF, gestores recorriam a Roberto Carlos: daqui pra frente, tudo vai ser diferente.
Mentiram.
Sem negociação
Jair Bolsonaro abre nova frente de debate ao anunciar que o Brasil deixará a Organização das Nações Unidas, caso seja eleito presidente da República. Há anos, vários conselhos e fundos da ONU são dominados pela esquerda e só existem para atender seus dogmas.
Atrás do dinheiro
O choro dos coordenadores de comitês é incontido. Não param as despesas de gravações dos programas de propaganda, transportes, alimentação, aluguel, assessores, impressos e distribuidores de volantes entre outros itens de campanha.
Falta de percepção
Em várias regiões do País, candidatos tentam conquistar votos por métodos que depreciam a política. Não entenderam que a idade da pedra acabou não porque as pedras desapareceram, mas porque houve evolução, fazendo aparecer outras formas de convencer.
Nada além do discurso
É muito fácil dizer que o País carece de infraestrutura rodoviária, hidroviária, ferroviária, aeroportuária e de energia. Só não apareceu um candidato que apontasse onde arranjar dinheiro para investir. O que dizem se assemelha a contos infantis.
É uma sangria
As estatais, cujos balanços mostram sucessivos rombos, beneficiam-se do capitalismo sem risco. Dependem de repasses dos governos estaduais e federal, além da prática de aumentos tarifários bem acima dos índices inflacionários. Mesmo que a qualidade dos serviços prestados venha se deteriorando cada vez mais.
O que deve mudar
Eleição é a oportunidade de mediar a relação entre uma sociedade carente e um Estado ausente.
Reconhecimento
A 19 de agosto de 2005, a executiva nacional do PT lançou nota:
“O Partido, com esta resolução, faz o seu primeiro pedido de desculpas à Nação, pois os atos que nos comprometem, moral e politicamente perante os brasileiros, foram cometidos por dirigentes do PT, sem conhecimento de suas instâncias. Quando tivermos um quadro completo das responsabilidades, como as já assumidas pelo nosso ex-tesoureiro, elas serão amplamente divulgadas à sociedade brasileira.”
Não perdem a chance
Henrique Meirelles, o menos extrovertido nos debates, ganhou apelido dos demais candidatos: Caladim.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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