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Por Redação O Sul | 11 de dezembro de 2017
O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), usado no reajuste de contratos de aluguéis, acumula queda (deflação) de 0,68% em 12 meses, de acordo com a primeira prévia de dezembro divulgada pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Apesar da deflação acumulada, o IGP-M registrou alta de 0,73% em dezembro, taxa superior ao -0,02% da prévia de novembro.
A alta da prévia de novembro para dezembro foi provocada por aumentos nos três subíndices que compõem o IGP-M.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, passou de -0,09% na prévia de novembro para 0,96% na de dezembro. A taxa do Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, subiu de 0,03% para 0,30% no período. Já a inflação do Índice Nacional do Custo da Construção subiu de 0,29% para 0,30%.
Mercado imobiliário e construção civil
Enquanto a economia brasileira dá sinais de reação, a construção civil e o mercado imobiliário encerram mais um ano em queda. O setor caiu 6% neste ano, segundo balanço da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) divulgado nesta segunda-feira.
Os empregos formais da construção devem fechar o ano com menos 105 mil vagas, segundo o relatório, o que representa um saldo negativo de 5% do seu estoque de trabalhadores. No acumulado da crise iniciada em 2014, o setor já fechou cerca de 1 milhão de postos de trabalho.
Setor que representa cerca de 10% do PIB (Produto Interno Bruto), a construção civil impactará a economia em 0,5% negativo em 2017, no terceiro ano consecutivo de retração, de acordo com os dados da Cbic.
Em 2017, o mercado imobiliário manteve tendência de queda. No terceiro trimestre as vendas de imóveis caíram 5,1% e os lançamentos diminuíram 11% em comparação com o segundo trimestre deste ano. Esta tendência vem se mantendo ao longo do ano, segundo a Cbic.
Estudo da indústria indica que de janeiro a setembro de 2017, as vendas em unidades registram queda de 1,5% em relação ao acumulado do ano anterior, enquanto que os lançamentos imobiliários, por sua vez, recuaram 8,6%.
O estudo da Cbic apurou ainda que as vendas no terceiro trimestre deste ano superaram os lançamentos em 5.202 unidades. A maior procura (55%) está nas unidades com dois dormitórios.
Apesar dos números continuarem em queda em 2017, o presidente da Cbic, José Carlos Martins, a expectativa para 2018 é de retomada do investimento e o restabelecimento do crédito para reaquecer o setor.
“Nós estamos acreditando em 2018, muito mais pela necessidade que o País tem da gente, do que por esses números”, disse.
Para garantir crescimento no próximo ano, a entidade defende uma solução imediata para a Caixa, principal banco que financia a habitação no País, restabelecer as linhas de crédito. Martins também avalia que a ampliação dos investimentos em infraestrutura, em projetos de concessões e parcerias público-privadas e a melhoria no ambiente de negócios, com novas iniciativas voltadas à segurança jurídica, como a regulamentação do distrato, são necessários que o setor volte a crescer e gerar empregos.
“Ninguém está pedindo dinheiro, só estamos pedindo soluções para que a coisa volte a fluir”, pontua.