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Por Redação O Sul | 11 de janeiro de 2018
A safra de grãos do próximo ano deverá ser 6,8% menor do que a de 2017, de acordo com as previsões do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgadas nesta quinta-feira (11). A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas foi estimada em 224,3 milhões de toneladas. É o terceiro prognóstico divulgado pelo órgão.
A queda deve-se, principalmente, às menores produções esperadas para o milho (15 milhões de toneladas) e para a soja (2,7 milhões de toneladas).
Porém, em relação à última previsão divulgada, houve um acréscimo de 4,8 milhões de toneladas (2,2%), em razão das boas condições climáticas observadas no mês de dezembro, que impactaram positivamente a produção de soja (3,8%), milho 1ª safra (3,1%) e arroz (2,1%).
Produtos cuja produção deve cair em 2018
Arroz em casca: -5,9%
Milho 1ª safra: -14,4%
Soja em grão: -2,4%
Produtos cuja produção deve subir em 2018
Algodão herbáceo em caroço: 4,7%
Feijão 1ª safra: 5%
Safra de 2017
Já a estimativa de dezembro para a safra de 2017 totalizou 240,6 milhões de toneladas de grãos, alta de 29,5% (ou 54,8 milhões de toneladas a mais) em relação a 2016 (185,8 milhões de toneladas).
A área a ser colhida (61,2 milhões de hectares) cresceu 7,2% frente a 2016 (57,1 milhões de hectares). Ante o número divulgado em novembro (241,9 milhões de toneladas), a estimativa da produção diminuiu 0,5%.
O arroz, o milho e a soja foram os três principais produtos da safra de 2017. Somados, eles representaram 94,4% da estimativa da produção e responderam por 87,9% da área a ser colhida.
Em relação ao ano de 2016, houve aumento de 2,2% na área da soja, de 19,3% na área do milho e de 4,3% na área de arroz. Na produção, ocorreram acréscimos de 19,4% para a soja, 55,2% para o milho e 17,2% para o arroz.
Alimentos
Os alimentos foram os itens que tiveram a menor variação de preços no ano de 2017 e puxaram a forte desaceleração da inflação oficial do País, que fechou o ano passado em 2,95%, abaixo do piso da meta fixada pelo governo, de 3%, segundo o IBGE. É a primeira vez que isso acontece desde que o regime de metas foi implantado no Brasil, em 1999.
Os preços de alimentação e bebidas são os que têm o maior peso no cálculo do índice. Com o aumento de 30% da safra, os alimentos ficaram 1,87% mais baratos e impediram que a inflação avançasse ainda mais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Por outro lado, entre os destaques de alta estão o gás de botijão (3ª maior alta no ano), plano de saúde, creche, taxa de água e esgoto, ensino médio, taxa de luz e gasolina.
Dentro dos grupos com maior peso no IPCA, além dos alimentos, houve baixa em artigos de residência. Já entre os que tiveram alta estão transportes, habitação e combustíveis.