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Brasil O interesse da China pela Oi continua sendo apontado como um caminho para a recuperação da empresa de telefonia

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Em Belo Horizonte, uma das próximas cidades a receber a tecnologia, há 167 disponíveis. (Foto: Banco de Dados/o Sul)

O ano de 2018 pode marcar o início de negociações para consolidações no setor de telecomunicações no País. O interesse da China Telecom pela Oi continua sendo apontado como caminho para recuperar a capacidade de investimento da tele, que assim ganharia valor para reconquistar participação de mercado.

Não está descartado, uma vez concluído o processo de recuperação judicial da operadora, que venha do Egito uma nova proposta. O empresário Naguib Sawiris chegou a apresentar, em janeiro, oferta ao conselho da operadora. Não foi aprovada pelo conselho de administração. Há, também, movimento declarado da TIM no sentido de fazer aquisições para ampliar a infraestrutura de serviços. O presidente da companhia no Brasil, Stefano de Angelis, já afirmou que irá às compras. Um dos alvos potenciais é a Algar Telecom.

A Oi seria a alternativa que permitiria à operadora italiana expandir sua rede. Mas os investimentos para tornar a Oi competitiva somariam – segundo analistas – um valor não inferior a R$ 10 bilhões, tornando mais difícil uma ação do grupo Telecom Italia em direção à Oi. Procurada, a TIM descartou negociações com a Algar, mas reafirmou que busca novos investimentos. No início do mês, De Angelis informou que a empresa não deverá olhar a Oi antes de 2019.

O consultor Eduardo Tude, da Teleco, afirma que para a Oi se tornar atrativa a uma operadora estrangeira é preciso resolver questões básicas: pagamento efetivo das dívidas com credores e também com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), redefinição da estrutura societária e superação da fase das disputas na Justiça, as já anunciadas e que ainda podem surgir.

Tude lembra, também, que qualquer nova operadora só irá investir após votação no Senado do projeto de lei (PL 79/2016) que redefine a Lei Geral de Telecomunicações, permitindo a migração das operadoras do regime de concessão de serviços de telecomunicações para o de autorização. As normas vigentes são consideradas ultrapassadas.

Segundo fontes do setor, duas questões principais ajudaram a manter parada no Senado a votação do projeto de lei. Uma foi a falta de empenho de áreas do governo em estimular a votação, o que poderia dar mais força a sócios da Oi que pudessem prejudicar o processo de recuperação judicial. Outro entrave ao PL – segundo apurou o Valor – teria sido o acordo do senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE) com partidos de evitar o andamento de projetos de lei que prejudicassem a conquista de votos necessários à sua eleição para presidente do Senado.

Dentro do cenário de provável consolidação do mercado de telecomunicações, o interesse da China Telecom pela Oi – confirmado em outubro pelo presidente da operadora asiática – é visto pelo analista de um grande banco como parte de uma série de movimentos “táticos”. Empresas chinesas são credoras e fornecedoras da Oi, explica ele, acrescentando que a ampla cobertura geográfica da tele abre espaço para venda de equipamentos “made in China”.

O analista acredita que um caminho na reestruturação da operadora brasileira pode passar por um fatiamento. Não por serviços, como já foi discutido, mas por áreas de atuação. Separaria a prestação de serviços da infraestrutura. Esta atenderia a Oi e outras empresas do setor, ampliando as fontes de receita. Há no País, e haverá cada vez mais, demanda crescente de infraestrutura e não é por acaso que crescem as empresas que atuam nesse segmento, diz um analista.

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