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Brasil O investidor estrangeiro segue otimista com o Brasil, mostra pesquisa

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Apesar do recente movimento de maior aversão a risco, que tem penalizado os ativos de mercados emergentes diante da preocupação com uma alta maior que a esperada da taxa básica de juros americana, os investidores estrangeiros continuam “cautelosamente otimistas” com o Brasil. É o que mostra um levantamento realizado pelo Itaú BBA durante a 13ª Latam CEO Conference, realizada em Nova York. A pesquisa foi feita no dia 16 de maio durante o evento, com 300 CEOs e investidores globais.

Apesar da indefinição no cenário político, a maioria dos investidores não pretende reduzir as posições em Brasil. Segundo a pesquisa, 32% dos entrevistados responderam que pretendem aumentar a exposição em Brasil, seja em investimento em portfólio ou direto, nos próximos 12 meses, e 30% deles devem manter a posição. “A bolsa ficou mais barata e o Brasil como um todo está mais atrativo que há dois meses”, afirma Christian Egan, diretor executivo de mercados globais e tesouraria do Itaú Unibanco. O interesse para investir nos países da América Latina de forma geral está maior neste ano. Segundo a pesquisa, 32% dos entrevistados disseram que o apetite para investir na região está maior que em 2017 e 25% disseram que a decisão vai depender do cenário político-econômico.

O Brasil e a Argentina são vistos como os mercados com maior oportunidade de investimento na América Latina. Apesar da recente crise na Argentina, que levou o país a recorrer a um empréstimo no Fundo Monetário Internacional, os investidores continuam vendo oportunidade de investimento no país vizinho. “A atuação do banco central argentino foi bem recebida pelo mercado”, afirma Rodrigo Magalhães, diretor de distribuição da área de renda variável do Itaú BBA.

Apesar da saída de alguns investidores de curto prazo, que buscam ganhar com a estratégia focada no diferencial de juros entre o Brasil e o mercado externo (“carry trade”), a maioria dos entrevistados (51%) continua com exposição acima da média do mercado em Brasil (“overweight”). “Houve uma saída de dinheiro de “carry trade”, mas o Brasil continua a ser uma opção atraente”, diz Egan.

A maior preocupação dos investidores na América Latina, segundo a pesquisa, é com a realização de eleições em vários países na região. Colômbia, México e Brasil terão eleição presidencial neste ano. A política monetária americana foi o segundo maior risco citado.

No Brasil, a maior preocupação dos investidores é com a indefinição no cenário eleitoral. “O fato político pode ser menor à medida que se tenha mais clareza sobre o cenário político. Se a gente conseguir ter um candidato comprometido com as reformas haverá um ambiente positivo para o Brasil”, diz Egan.

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