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Mundo O Irã mentiu sobre a interrupção de programa nuclear, disse Israel

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O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, durante seu discurso nessa segunda. (Foto: Reprodução)

Em discurso à nação, feito em inglês para atingir o público global, o premiê Benjamin Netanyahu afirmou nessa segunda que Israel tem provas de que o Irã teria mentido sobre suas ações para obter armas nucleares.  Em 30 minutos de explanação diante de um telão com gráficos e vídeos, o premiê israelense empenhou-se para mostrar as supostas mentiras 12 dias antes do prazo dado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para avalizar ou deixar o acordo nuclear selado entre o Irã e seis potências.

“Estou aqui para dizer uma coisa: o Irã mentiu. E muito. Temos 100 mil documentos que provam que eles mentiram”, disse Netanyahu. “Após assinar o acordo nuclear, em 2015, o Irã intensificou seus esforços para esconder seus arquivos nucleares secretos.”

Para analistas, o objetivo do discurso é preparar terreno para que os EUA saiam do acordo. “Esse é um acordo terrível. Nunca deveria ter sido concluído. E, daqui uns dias, o presidente Trump tomará uma decisão do que fazer. Tenho certeza de que ele fará a coisa certa”, disse o premiê.

Netanyahu afirmou estar mostrando uma fração do material obtido pelas agências de inteligência do país: 55 mil documentos e 183 CDs com mais 55 mil arquivos. Os documentos provariam que o Irã continuou a preservar e expandir seu conhecimento de armas nucleares após 2015, mentindo para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

“Tudo o que vocês vão ver são cópias fidedignas dos documentos, tabelas, apresentações, plantas, fotos e vídeos que incriminam o Irã. Enviei esse material aos americanos para que possam compartilhar com outros países.” A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, não se mostrou convencida: “As informações divulgadas não apresentaram uma violação do acordo nuclear”, afirmou, acrescentando que vai examinar os documentos.

O chanceler iraniano, Mohammad Jawad Zarif, afirmou que Trump dá ouvidos a alegações antigas para ter desculpa para descartar o acordo.  Na Casa Branca, Trump elogiou Netanyahu, mas não deixou claro se abandonará o acordo – algo que enseja fazer desde a posse, há 15 meses.

Na semana passada, ao receber o francês Emmanuel Macron, o americano pediu-lhe apoio para revisar o tratado assinado pelo antecessor, Barack Obama. Macron concordou com a revisão contanto que Teerã também concordasse – o que não ocorreu. Reino Unido, Alemanha e Rússia, os demais signatários além da China, também criticaram a proposta.

Nessa segunda, Netanyahu telefonou a Macron, ao presidente russo, Vladimir Putin, e à chanceler alemã, Angela Merkel, para tratar do problema. Na véspera, ele se reunira com o novo secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que reiterou o apoio a Israel.

Nos documentos, estariam provas de um plano nuclear iraniano de codinome Projeto Amad que Teerã afirmou ter deixado em 2003, mas que teria continuado secretamente. O projeto, segundo Israel, teria cinco fases: projetar armas nucleares, desenvolver ogivas nucleares, construir sistemas de implosão nuclear, preparar testes e integrar ogivas nucleares em mísseis.

Há anos Netanyahu manifesta preocupação quanto ao programa nuclear iraniano, e o temor se acentuou após o acordo de 2015, que suspendeu as sanções internacionais contra Teerã em troca da limitação do programa e de sua verificação constante por inspetores internacionais.  A atuação do Irã na guerra civil na Síria, apoiando o regime de Bashar al-Assad, e a expansão da influência iraniana na região também contribuem para aumentar a tensão.

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