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Mundo O Japão começou a recuperar a área que foi afetada por enchentes. Mais de 150 pessoas morreram e cerca de 200 mil estão sem água. A tragédia climática é a maior registrada no país desde 1982

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Equipes de resgate buscam desaparecidos em um bairro de Kumano, na região de Hiroshima, a mais atingida pelas chuvas do fim de semana no Japão. (Foto: Reprodução)

O governo do Japão enfrenta dificuldades para recuperar a infraestrutura da região afetada no fim de semana por tempestades que deixaram ao menos 155 mortos, no maior desastre climático a atingir o país em 36 anos.

Segundo as autoridades, 67 pessoas continuam desaparecidas. Embora a energia elétrica tenha sido restabelecida na área de Kurashiki, a mais atingida, cerca de 200 mil pessoas estão sem água em meio ao calor de mais de 30°C.

O porta-voz do governo, Yoshihide Suga, disse que quase 8.400 pessoas permaneciam em refúgios. Cerca de 75 mil policiais, bombeiros, soldados e agentes da Guarda Costeira participam das buscas por desaparecidos.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, cancelou uma viagem à Europa para acompanhar a resposta à tragédia. O governo destinou 70 bilhões de ienes (R$ 2,4 bilhões) para a reconstrução e outros 350 bilhões (R$ 12 bilhões) de reservas.

O desabastecimento de alimentos e remédios se agrava devido à destruição dos estabelecimentos comerciais e à dificuldade de acesso. As principais transportadoras de carga suspenderam suas entregas nas áreas alagadas.

Para assegurar o abastecimento de combustível, caminhões-tanque foram levados por militares.

Os trabalhos de limpeza de moradores e socorristas prosseguiam nesta terça-feira (10). No bairro Mabi de Kurashiki, que teve 25% de seu território inundado pelas chuvas, a água começa a diminuir de nível, deixando uma camada de barro.

“Foi por pouco. Se tivéssemos saído cinco minutos depois, talvez não tivéssemos conseguido”, disse Yusuke Suwa, que deixou a casa na madrugada do último sábado (7) após ouvir a ordem para deixar a região, que fica entre dois rios.

Tomie Takebe, de 67 anos, voltou nesta terça a sua casa pela primeira vez desde a tempestade. “Realmente não sei o que dizer. Minha geladeira… está tudo coberto de lama”, disse à agência de notícias AFP, enquanto familiares a ajudavam a tirar objeto.

Fumiko Inokuchi, de 61, procura pelas ruínas de sua casa, agarrada à foto dos filhos. No sábado estava em casa, seu marido tinha acabado de sair para o trabalho quando percebeu que ficaria bloqueada pela água. “Me casei aqui e construímos essa casa dois anos depois do casamento, nela educamos nossos filhos, está cheia de muitas lembranças”, afirmou também à AFP. “Estou viva. Acredito na força, na resiliência dos seres humanos.”

Embora a maioria da população tenha respeitado os sinais de alerta, mais de 70% do território japonês é formado por montanhas e colinas e muitas casas estão construídas em encostas ou em planícies suscetíveis a inundações.

 

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https://www.osul.com.br/o-japao-comecou-a-recuperar-a-area-que-foi-afetada-por-enchentes-mais-de-150-pessoas-morreram-e-cerca-de-200-mil-estao-sem-agua-a-tragedia-climatica-e-a-maior-registrada-no-pais-desde-1982/ O Japão começou a recuperar a área que foi afetada por enchentes. Mais de 150 pessoas morreram e cerca de 200 mil estão sem água. A tragédia climática é a maior registrada no país desde 1982 2018-07-10
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