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Mundo Japão dá início a testes com trem-bala mais veloz do mundo, capaz de chegar a 400 quilômetros por hora

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Os testes do trem-bala ocorrerão duas vezes por semana no trajeto de 280 quilômetros entre as cidades de Sendai e Aomori. (Foto: Reprodução)

O Japão iniciou nesta sexta-feira (10) os testes do trem-bala mais rápido do mundo, com capacidade de alcançar 400 km/h. A previsão é que a fase de experimentos na região nordeste do país dure três anos e que seja oficialmente inaugurado apenas em 2030. O projeto é comandado pela Shinkansen, a rede ferroviárias de alta velocidade do país, sob responsabilidade da Japan Railways Group.

Segundo os executivos da companhia, o modelo ALFA-X terá velocidade de 360 km/h quando for liberado para o uso público. A capacidade é 10 km/h mais veloz que o expresso chinês Fuxing, atualmente o mais veloz do planeta.

O modelo de testes é composto por 10 vagões e um nariz longo e pontiagudo, afirmou a CNN. Os testes ocorrerão duas vezes por semana no trajeto de 280 quilômetros entre as cidades Sendai e Aomori. Os experimentos são feitos depois da meia-noite, quando a linha está fechada para operações comerciais.

Em paralelo, a Shinkansen está finalizando os testes do modelo N700S, com velocidade máxima de 300 km/h. Os experimentos iniciaram há pouco mais de um ano e devem ser finalizados até 2020, quando o modelo entrará em operações para os jogos olímpicos de Tókio.

Ambições chinesas

O presidente chileno, Sebastián Piñera, pegou um porta-retrato de sua mesa no Palácio de La Moneda, em Santiago, e perguntou a repórteres se eles reconheciam quem estava na foto. Era o presidente chinês, Xi Jinping, conversando com Piñera, que segurava uma taça de vinho. Toda essa intimidade presidencial não ajudou a trazer a gigantesca iniciativa chinesa de infraestrutura “Um Cinturão, Uma Estrada” para o país.

Apesar do apoio de Piñera, a parceria público-privada para construir o primeiro trem-bala da região está estagnada no limbo regulatório.

Mais de um ano após a estatal China Railway Group e a chilena Sigdo Koppers formarem o consórcio TVS (Tren Valparaíso Santiago), as autoridades ainda estão avaliando se o projeto de US$ 2,4 bilhões é de interesse público, viável e ambientalmente adequado. Os chilenos têm observado que projetos da iniciativa “Um Cinturão, Uma Estada” entram em colapso em países em desenvolvimento por causa de dívidas e propinas.

“Onde há instabilidade e corrupção, é frequente haver aberturas mais fáceis para desenvolvimento de infraestrutura”, disse Ariel Armony, diretor do Centro de Estudos Internacionais da Universidade de Pittsburgh e coautor de um livro sobre a evolução do papel da China na América Latina. “O envolvimento com infraestrutura no Chile é um novo nível de maturidade e experiência em desenvolvimento para os chineses.”

A iniciativa “Um Cinturão, Uma Estada”, lançada por Xi há cinco anos, tenta ser a versão moderna da Rota da Seda, ancestral malha de rotas comerciais. A China despejou trilhões de dólares – a quantia exata é desconhecida – em obras de infraestrutura na Ásia, Oriente Médio, Europa, América Latina e ilhas do Pacífico. Nos países mais pobres, os projetos têm sido marcados por corrupção e atrito com autoridades locais e moradores, segundo o Centro para uma Nova Segurança Americana. Além disso, ganha-se menos dinheiro nesses países.

A China intensificou esforços em nações mais ricas, porém leis mais rigorosas e a classe média mais engajada politicamente trouxeram novas dificuldades. Um acordo celebrado no mês passado para trazer a Itália para “Um Cinturão, Uma Estada” desencadeou brigas entre o Movimento Cinco Estrelas (de caráter populista e com um ministro que defendeu o acordo) e correligionários de direita (que alertaram para ameaças à segurança). A União Europeia e os EUA foram contra o acordo.

Costa marítima

A China já é a maior parceira comercial do Chile, com US$ 45 bilhões em mercadorias trocadas no ano passado, e deseja maior presença no país que oferece prosperidade econômica e estabilidade política.

O projeto proposto pelo consórcio TVS – e que seria aberto a outros via licitação – ligaria Santiago a Valparaíso e San Antonio, na costa do Pacífico. O trem-bala atingiria 200 quilômetros por hora e baixaria o tempo de percurso pela metade, para 45 minutos, chegando a transportar 25.000 pessoas por dia. Autoridades do Poder Executivo, em Santiago, poderiam chegar rapidamente até o Congresso, em Valparaíso, e a população teria acesso fácil a praias e atrações turísticas. O trem também transportaria cobre e produtos agrícolas, principalmente para exportação para a China.

Apesar da retaguarda de Piñera, a proposta precisa sobreviver a uma análise que sequer começou formalmente.

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