Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de maio de 2017
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), fez nessa segunda-feira o seu primeiro pronunciamento na Casa após a crise política envolvendo o presidente Michel Temer, gravado pelo empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo frigorífico JBS/Friboi. Um dos principais articuladores a serviço do Palácio do Planalto reforçou que o chefe do Executivo não renunciará “pelo simples fato de que não há motivo”.
“O cargo de presidente da República não vai ficar vago”, ressaltou, em meio a um plenário praticamente vazio. “Se a oposição quiser disputar a eleição para presidente da República, que se prepare para 2018, dentro do calendário constitucional.”
Jucá contou ter passado o final de semana conversando com Temer e que ele não tem qualquer receio pessoal quanto às investigações e seus desdobramentos. O líder do governo avaliou, ainda, que o presidente tem respondido “com firmeza” as questões que foram colocadas nos últimos dias. Temer é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa.
Para Jucá, a Justiça tem agido de “supetão” e de maneira “emergencial”. “Observamos as mais diversas matizes oposicionistas colocando o carro na frente dos bois, discutindo vacância da Presidência da República, discutindo mudança constitucional em cima de algo que não sofreu ainda nenhum fato investigativo, nenhum. Nem a perícia foi feita. Nem a Polícia Federal, que deveria ter se manifestado antes de o processo se instaurado, se manifestou”, criticou Jucá.