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Mundo O líder oposicionista Juan Guaidó retornou à Venezuela nos braços de seus apoiadores e convocou novas manifestações contra o governo de Nicolás Maduro

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Desembarque em aeroporto próximo a Caracas ocorreu sem incidentes. (Foto: EBC)

Após um giro internacional de dez dias, nessa segunda-feira o líder oposicionista Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino da Venezuela, retornou ao seu país. O desembarque ocorreu sem incidentes no aeroporto internacional Simón Bolívar, próximo a Caracas.

Nas redes sociais, ele avisou que voltava acompanhado da mulher, “como cidadãos livres, e que ninguém diga o contrário”. O regresso de Guaidó colocou o governo do presidente Nicolás Maduro em um dilema: caso prenda o opositor, poderia motivar fortes reações internas e externas. Se o deixar livre, evidencia fragilidade para reprimir um político que ousou desafiar o regime chavista.

Reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, incluindo Brasil e EUA, Guaidó deixou a Venezuela no último dia 22 para participar de um festival organizado pela oposição na cidade colombiana de Cúcuta. O evento buscava apoio para a tentativa de entrada de ajuda humanitária na Venezuela.

Guaidó passou a última semana visitando países sul-americanos para angariar apoio contra a ditadura de Nicolás Maduro. No domingo (3), anunciou que retornaria ao país —sem dizer como. Voltou à Venezuela em um voo comercial a partir de Bogotá, com escala no Panamá.

Segundo um vídeo que circula nas redes sociais, Guaidó pegou o intercomunicador do avião durante o voo e disse: “Sem dúvida alguma vamos recuperar nossa democracia e nossa liberdade (…) Podemos ou não podemos?”, pergunta. “Sim, podemos”, responderam os passageiros.

Recepção de apoiadores

Com as contas bloqueadas e proibido de sair do país pelo Tribunal Supremo de Justiça, alinhado a Maduro, ele enfrentava a possibilidade de ser preso ao voltar à Venezuela, o que não ocorreu. Estavam presentes na área de desembarque representantes diplomáticos de Alemanha, Holanda, Espanha, França e Chile.

Em seguida, Guaidó se dirigiu à praça Alfredo Sadel, no bairro de Las Mercedes, em Caracas, e discursou para uma multidão de apoiadores. No domingo, ele havia convocado protestos para a segunda e terça-feira de Carnaval.

“A esperança nasceu e não vai morrer”, disse. “Vamos celebrar esta pequena vitória hoje.” O opositor disse que o povo não pode abandonar as ruas “em busca de sua liberdade” e agendou novas manifestações para o próximo sábado.

Guaidó afirmou, ainda, que fará um “importante anúncio” para os funcionários públicos do país na terça-feira (5), quando convocará uma reunião com sindicatos do país. Historicamente, os funcionários públicos são pressionados pelo Partido Socialista Unido da Venezuela, de Maduro, a participar de manifestações pró-regime.

Por fim, o oposicionista pediu a membros das Forças Armadas bolivarianas, aliadas de Maduro, que detenham os coletivos armados que atuaram contra o ingresso de ajuda humanitária em 23 de fevereiro. Junto à multidão, cantou o hino nacional e afirmou que “não será por meio da ameaça que vão nos deter”.

A certa altura, subiu em um andaime de sustentação do palco, como em shows de bandas de rock, e saudou os apoiadores. Ele ainda mostrou, triunfante, seu passaporte. Depois do comício, dirigiu-se para a sua residência. Guaidó, 35 anos, tem uma filha de 1 ano e 10 meses, que ficou com a avó de sua mulher enquanto o casal estava fora do país.

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