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Brasil Livro do ex-PGR Rodrigo Janot pode sofrer apreensão

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A obra de Janot, intitulada "Nada Menos que Tudo", ainda não foi lançada oficialmente. (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

O conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público Otávio Luiz Rodrigues Júnior encaminhou à Corregedoria do colegiado o pedido do subprocurador-geral Moacir Guimarães Morais Filho para que seja determinada a apreensão do livro “Nada Menos que Tudo”, em que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot relata que chegou a planejar o assassinato a tiros do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

“A gravidade dos fatos narrados é inquestionável e demanda uma atuação deste Conselho”, avaliou Rodrigues Júnior. “Cabe, portanto, a Sua Excelência o Corregedor Nacional do Ministério Público, proceder o exame preliminar quanto à abertura de uma nova reclamação disciplinar, à vista do conteúdo da petição do subprocurador da República Moacir Guimarães Morais Filho, o que deve ser feito com celeridade que o caso exige”, concluiu.

Na segunda-feira (30), o subprocurador-geral Moacir Guimarães Morais Filho, que já havia pedido que a conduta de Janot fosse investigada, também requereu ao colegiado que, caso o livro ainda não esteja à venda, suas páginas envolvendo Gilmar sejam arrancadas. O Conselho tem como função fiscalizar a conduta administrativa financeira e disciplinar do Ministério Público. Como Janot está aposentado, o subprocurador pede que seja analisada a cassação de seus vencimentos.

“O certo é que, a prova da confissão da suposta conduta delituosa está a suscitar comentários na sociedade e nas instituições, razão pela qual o suplicante considera nociva à divulgação do livro sem que sejam excluídos dele os capítulos relativos ao fato confessado pelo autor da obra”, afirma, em ofício ao conselheiro Otávio Luiz Rodrigues.

Desafeto

Dentro do MPF (Ministério Público Federal), Moacir é considerado desafeto de Janot. No ano passado, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça condenou o subprocurador por usar a estrutura do MPF para resolver questões pessoais.

Moacir foi condenado por usar papéis timbrados do MPF para acionar a Receita Federal e a Polícia Federal contra um condomínio e uma empresa administradora. Na época, Moacir acusou Janot de ter reaberto o caso por ser seu “inimigo” e agir motivado por “vingança”.

Distribuição irregular

A distribuição irregular do rumoroso livro do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot em grupos de WhatsApp provocou uma corrida de advogados e políticos às páginas da obra, que ainda não foi oficialmente lançada. Muitos já encontraram material para incrementar atos contra a Operação Lava-Jato e a delação da JBS.

Integrantes do PT, por exemplo, querem anexar o capítulo 15, intitulado “O objeto de desejo chamado Lula”, à ação que o ex-presidente da República move na ONU (Organização das Nações Unidas) contra os métodos dos investigadores que o levaram à prisão.

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https://www.osul.com.br/o-livro-do-ex-procurador-geral-da-republica-rodrigo-janot-pode-sofrer-apreensao/ Livro do ex-PGR Rodrigo Janot pode sofrer apreensão 2019-10-02
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