Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2017
O maior diamante bruto do mundo, de 1.109 quilates, foi vendido pela canadense Lucara Diamond para a empresa Graff Diamonds por US$ 53 milhões — o equivalente, na cotação atual, a R$ 166,4 milhões.
A companhia do Canadá informou no Twitter que estava “encantada” com a operação. Já a britânica Graff Diamonds, que pertence a Laurence Graff, detalhou que as negociações duraram um ano.
“Nossa equipe de artesãos altamente qualificados se apoiará em muitos anos de experiência trabalhando dia e noite para garantir que façamos justiça a este singular presente da Mãe Natureza”, declarou Graff.
A pedra preciosa foi levada a leilão em 2016 pela Sotheby’s de Londres, mas não encontrou um comprador disposto a pagar US$ 70 milhões de dólares (R$ 219 milhões).
O diamante, pouco menor que uma bola de tênis e batizado de “Lesedi La Rona” (“Nossa Luz” na língua tswana), foi encontrado em novembro de 2015 pela Lucara em Botsuana. O país é o segundo maior produtor mundial de diamantes. Perde apenas para a Rússia.
É o maior diamante descoberto em mais de 100 anos. Ainda assim, o recorde permanece com a pedra Cullinan, de 3.016,75 quilates, encontrado em 1905 na África do Sul e transformado em nove pedras para a Coroa britânica.
Anel de diamante branco
Um anel de diamante comprado por 10 libras (42 reais) em uma feira de objetos usados há 30 anos foi vendido por 656.750 libras (cerca de 2,8 milhões de reais). A joia foi arrematada por quase o dobro do valor esperado (350 mil libras, cerca de 1,43 milhão de reais). Sua dona acreditava que a pedra de “tamanho fora do comum” era uma bijuteria de baixo valor quando a comprou em Londres, nos anos 1980.
Mas, na verdade, tratava-se de um diamante branco de 26 quilates do século 19. Sem saber disso, ela usou o anel diariamente por décadas. A chefe do departamento de joias da casa de leilões Sotheby’s, Jessica Wyndham, disse que “o anel foi comprado como se fosse uma joia falsa”.
“Ninguém pensava que era valioso. Sua dona havia estado em algumas feiras de usados ao longo dos anos, mas não costumavam colecionar antiguidades ou diamantes. Foi um golpe de sorte, um achado incrível”, contou. Wyndham explicou que a mulher – que não quer ser identificada – presumiu que a pedra não era preciosa, porque estava junto a um monte de “porcarias” e não brilhava como um diamante.
O estilo antiquado da lapidação do diamante “poderia fazer as pessoas pensarem que não era uma joia de verdade”, acrescentou a chefe do departamento de joias da Sotheby’s.
“Por causa do seu formato de almofada, a luz não é refletida com tanta intensidade quanto deveria em comparação com os estilos modernos de lapidação. Ele foi trabalhado de forma a manter seu formato natural e preservá-lo ao máximo em vez de torná-lo o mais brilhante possível”, disse.