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Geral Medo de doping por contaminação faz atletas repensarem uso de suplementos

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Escolha por alimentação natural no lugar das substâncias é cada vez maior. (Foto: Reprodução)

Uma das justificativas mais comuns em casos de doping no Brasil, a contaminação cruzada em farmácias de manipulação gera um debate acalorado. De um lado, acusações de que atletas buscam “desculpas” para se livrarem de penas duras. Do outro, alegações de erros humanos nos laboratórios. Fato é que muitos atletas preferem hoje evitar qualquer tipo de problema, sem a ingestão de suplementos.

A orientação começa no COB (Comitê Olímpico do Brasil). Diretor de esportes da entidade, Jorge Bichara recomendou no início de setembro que os atletas não recorram ao artifício para alcançar os resultados esportivos desejados. Ele defendeu que medalhas olímpicas podem ser conquistadas com uma boa alimentação e capacitação física e técnica.

“A questão da contaminação existe. Diversos casos foram comprovados. A posição do COB é divulgar a informação correta e contínua, propor e apresentar ferramentas de educação. Mas passa pela conscientização dos próprios esportistas”, disse Bichara, deixando claro que, apesar do conselho, não se pode proibir atletas de usarem suplementos.

No ano passado, a Usada (Agência Antidoping dos Estados Unidos) tornou público o resultado de uma investigação que identificou duas farmácias de manipulação no Brasil como responsáveis por vender e produzir suplementos contaminados. As falhas teriam resultado em testes positivos de três lutadores do UFC.

“Tenho a percepção, com base nos relatos de atletas que atendo, que estão recorrendo menos às farmácias de manipulação. Alguns nem usam suplementos, pois preferem atingir os mesmos objetivos com alimentação natural”, disse o advogado Marcelo Franklin.

A velocista Ana Cláudia Lemos, flagrada com o anabolizante oxandrolona e que cumpriu seis meses de gancho em 2016, e Maria Elisa, do vôlei de praia, têm até hoje processos contra farmácias de manipulação. A carioca foi absolvida naquele ano por uso de hidroclorotiazida. O mesmo diurético que levou o tenista Thomaz Bellucci a pegar cinco meses de suspensão em 2017. A pena pode chegar a quatro anos, se ficar claro que houve intenção.

Farmácias rebatem 

A Anfarmag (Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) disse que considera “intrigante” o fato de as alegações de contaminação por farmácias serem sempre por anabolizantes e diuréticos.

“Ressaltamos que a legislação brasileira que rege as farmácias de manipulação prevê obrigações e controles rígidos cujo cumprimento inviabiliza a ocorrência de contaminação cruzada. Ignorando isso, cerca de 30 atletas já usaram como álibi a alegação de suposta contaminação para escapar da punição por doping. Ainda mais intrigante é que a lista de substâncias proibidas no esporte é enorme, mas, de forma geral, a alegação dos advogados nesses casos foi de contaminação por apenas duas classes de substâncias: hormônios anabolizantes e diuréticos – justamente os fármacos cuja hipótese de contaminação seria ainda menos possível. No caso dos diuréticos, devido à baixa frequência de manipulação e, no caso dos hormônios, porque essas substâncias são preparadas em cabines isoladas, estando sujeitas a controle especial, o que impede contato com outros fármacos no laboratório”, disse a Anfarmag.

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https://www.osul.com.br/o-medo-de-doping-por-contaminacao-faz-atletas-repensarem-o-uso-de-suplementos/ Medo de doping por contaminação faz atletas repensarem uso de suplementos 2019-09-29
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