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Por Redação O Sul | 22 de março de 2018
As vendas de tablets no mercado brasileiro devem recuar pelo quarto ano consecutivo em 2018, informou nesta quinta-feira a consultoria especializada em tecnologia da informação IDC Brasil.
A previsão da consultoria é que o setor tenha uma queda de 5,6% em comparação com 2017, para 3,58 milhões de unidades, mas com uma tendência à estabilização e equilíbrio de oferta e demanda.
“O mercado continuará focado em produtos para crianças, mas o público mais maduro também estará olhando para essa categoria e procurando equipamentos com especificações melhores”, disse em comunicado à imprensa o analista de pesquisa da IDC Brasil, Wellington La Falce.
Em 2017, o segmento teve queda de 4,8%, com 3,79 milhões de unidades vendidas, um desempenho que mostrou uma recuperação significativa em comparação aos anos anteriores, já que, em 2015, as vendas despencaram 39% e, em 2016, houve queda de 32%.
Como um dos fatores que contribuíram para as quedas consecutivas das vendas de tablets, a consultoria apontou a experiência ruim com equipamentos importados econômicos, mas de baixa qualidade e garantia; além da própria crise econômica e concorrência com smartphones.
“Depois de dois anos de queda acentuada nas vendas, muitas marcas saíram de cena, houve uma consolidação do mercado e quem ficou está mais focado e com estratégias bem agressivas”, disse La Falce, avaliando que mesmo com a queda do ano passado, o segmento chegou a um ponto de maturidade.
“O consumidor não deixou o tablet de lado, e mesmo que os dispositivos de entrada, com preço inferior a 500 reais, ainda dominem o setor, com 72% de fatia de mercado em 2017, houve um crescimento na faixa média, de equipamentos entre 500 reais e 1.000 reais, com 20% das unidades vendidas no ano passado”, disse o analista da IDC.
A empresa calculou a receita gerada pela venda de tablets no Brasil como sendo de 1,88 bilhão de reais, uma queda de 9%. O valor médio dos equipamentos caiu de 513 reais para 497 reais no ano passado.
Porém, no quarto trimestre, a IDC afirma que o segmento de tablets teve a melhor receita do ano, “com demanda mais alta por produtos melhores”. Neste período, foram vendidos 1,209 milhão de tablets, queda de 2% sobre o quarto trimestre de 2016. O valor médio dos produtos no período foi de 524 reais.