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Por Redação O Sul | 28 de janeiro de 2019
Os analistas das instituições financeiras baixaram a estimativa de inflação para este ano no Brasil e também passaram a prever uma alta menor do PIB (Produto Interno Bruto). As previsões constam no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (28) pelo BC (Banco Central). O relatório é resultado de um levantamento feito com mais de cem instituições financeiras.
Para 2019, os economistas do mercado financeiro diminuíram a expectativa de inflação de 4,01% para 4%. A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a Selic (taxa básica de juros da economia).
Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% a sua estimativa de inflação, em linha com a meta central, que também é de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.
Produto Interno Bruto
Para o crescimento do PIB deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou de 2,53% para 2,50%. Essa foi a segunda queda seguida do indicador. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado financeiro para a expansão da economia recuou de 2,60% para 2,50%. Os economistas dos bancos não alteraram a previsão de expansão da economia para 2021 e para 2022, que continuou em 2,50% para os dois anos.
Taxa de juros e dólar
O mercado manteve em 7% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2019. Atualmente, o juros básicos da economia estão em 6,50% ao ano, na mínima histórica. Para o fim de 2020, a previsão continuou em 8% ao ano. Com isso, os analistas seguem prevendo alta dos juros no decorrer deste ano e também de 2020.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu estável em R$ 3,75 por dólar. Para o fechamento de 2020, ficou inalterada em R$ 3,78 por dólar.
Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção para este ano continuou em US$ 52 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit permaneceu em US$ 49 bilhões.
Investimentos estrangeiros
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, subiu de US$ 79,5 bilhões para US$ 80 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas permaneceu estável em US$ 82,44 bilhões.