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Brasil O México proibiu a empreiteira Odebrecht de participar de concorrência no país por 4 anos

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(Foto: ABr)

O governo mexicano decidiu na segunda-feira (11) impedir a Odebrecht de participar de qualquer concorrência para obras públicas no país pelos próximos quatro anos, em decorrência do escândalo internacional de corrupção envolvendo o grupo brasileiro.

A Odebrecht não poderá participar “de procedimentos de contratação ou celebrar qualquer contrato” com entidades da administração pública federal, empresas do Estado ou suas subsidiárias, assim como com os governos estaduais quando utilizarem recursos federais, informou a Secretaria da Função Pública.

“Os contratos firmados e formalizados com a mencionada infratora (Odebrecht) não estão compreendidos na aplicação da presente circular”, destaca o documento.

Até o momento, o escândalo de corrupção da Odebrecht no México envolveu apenas o ex-diretor da petroleira estatal Pemex Emilio Lozoya, que teria recebido US$ 10 milhões em subornos para favorecer o grupo em concorrências públicas.

Lozoya, que dirigiu a Pemex entre 2012 e 2016, também é denunciado por receber dinheiro do grupo brasileiro para a campanha do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, quando ocupava a função de coordenador internacional.

Sem família
O presidente do conselho de administração da Odebrecht, Emílio Odebrecht, anunciou na segunda-feira aos funcionários que nenhum integrante de sua família poderá ocupar o cargo de presidente da holding que controla as empresas do grupo. O comunicado veio a uma semana da saída de Marcelo Odebrecht, sócio e um dos herdeiros da companhia, da prisão.

“A Kieppe, empresa pertencente à família Odebrecht e controladora da Odebrecht S.A., decidiu desde 11/09/2017 que o cargo de diretor presidente da Odebrecht S.A. será exercido por profissional não membro da família Odebrecht, escolhido pelo presidente do Conselho de Administração dentre os diretores eleitos pelo mesmo conselho”, disse Emílio em comunicado.

Com isso, a empreiteira tenta se proteger de intervenções de familiares na administração e também de um eventual retorno do próprio Marcelo, filho de Emílio que irá para a casa cumprir prisão domiciliar na terça-feira da próxima semana, dia 19 de dezembro. Marcelo foi presidente da Odebrecht por cerca de cinco anos e deixou o cargo poucos meses depois de ser preso na operação Lava-Jato, em junho de 2015.

Ele e o pai estão brigados desde que o acordo de delação de 77 executivos da Odebrecht foi assinado com a PGR (Procuradoria-Geral da República) em dezembro de 2016. Marcelo atribui ao pai os dois anos e meio de prisão em Curitiba e diz que Emílio colaborou para colocar na sua conta mais crimes do que cometeu.

No comunicado enviado aos funcionários, Emílio afirma também que a decisão “representa a vontade do acionista controlador de promover a separação entre a família Odebrecht e a liderança executiva da Odebrecht S.A., holding do Grupo”.

Esse foi mais um passo da transição da empresa, que atualmente tem Emílio como um dos poucos integrantes da família que atua diretamente na Odebrecht. No entanto, o executivo, que também é delator, deve se afastar em breve do dia a dia da empresa. Emílio negociou com a PGR o prazo de dois anos de trabalho na empresa para viabilizar o processo de transição. O prazo termina no fim de 2018.

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https://www.osul.com.br/o-mexico-proibiu-empreiteira-odebrecht-de-participar-de-concorrencia-no-pais-por-4-anos/ O México proibiu a empreiteira Odebrecht de participar de concorrência no país por 4 anos 2017-12-12
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