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Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2017
Anunciado nessa quarta-feira pelo MEC (Ministério da Educação), o esquema de segurança do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2017 ainda tem um buraco: a falta de detectores de metais. Com a quantidade atual, de 29 mil equipamentos, não será possível colocar o dispositivo em todos os banheiros dos locais de prova para inspecionar os alunos na entrada e saída, como foi feito no ano passado. Nesta edição, cada endereço de aplicação do exame terá dois aparelhos ou pouco mais do que isso.
O governo ainda tenta obter cerca de 80 mil detectores de metal do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), antigo parceiro na aplicação do Enem, por meio de uma disputa judicial, revelada em agosto, e também numa negociação extrajudicial recém-aberta.
Vinculado ao MEC e responsável pelo Enem, o Instituto Nacional d e Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira sustenta que a segurança estará garantida com os 29 mil detectores de metal, reforçados pelo uso, pela primeira vez, de aparelhos capazes de identificar pontos eletrônicos e outros dispositivos que emitem sinais em radiofrequência de WiFi, Bluetooth, entre outros. Além disso, as provas serão identificadas com o nome do candidato tanto no caderno de questões quanto no cartão de respostas, afirma o Inep.
As medidas, no entanto, não suprem de forma integral a falta de detectores de metal, especialmente nos banheiros, apontados como os locais mais vulneráveis para fraudes durante a prova. O governo não informou na apresentação do esquema de segurança do Enem 2017 quantos detectores de emissões de sinais de Wi-Fi, Bluetooth, entre outros, serão usados.