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Mundo O Ministério Público da Venezuela mandou prender por corrupção nove diretores da empresa estatal de petróleo

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A produção de petróleo no país de Nicolás Maduro despencou e continuará a cair até 2019. (Foto: Divulgação)

O MP (Ministério Público) da Venezuela ordenou a prisão de nove diretores e ex-diretores de subsidiárias da estatal petroleira PDVSA por suposta corrupção, informou na quarta-feira (19) o procurador-geral, Tarek William Saab. O prejuízo supera 18 milhões de dólares.

As denúncias incluem Rafael Ramírez, presidente da PDVSA durante o governo de Hugo Chávez (1999-2013). Em agosto, a Suprema Corte de Justiça (TSJ) da Venezuela autorizou o envio para a Espanha de um pedido de extradição de Ramírez, que rompeu com o presidente Nicolás Maduro no final do ano passado.

Três ex-presidentes e ex-gerentes-gerais da Empresa Nacional de Transportes, subsidiária da PDVSA, estão entre os acusados. Desde agosto do ano passado, 90 funcionários foram processados por esquemas de corrupção na PDVSA, incluindo 23 gerentes.

O caso diz respeito à compra de 400 tanques de transporte de combustível em diversos contratos assinados em 2010, dos quais 168 foram entregues sem “as especificações técnicas apropriadas para seu uso”, disse Saab à imprensa.

Segundo o procurador, os tanques foram comprados de duas empresas do México, em vez de adquiridos de empresas chinesas, como acontecia antes. Uma dessas companhias “nem sequer existe”, acrescentou Saab.

A investigação se soma a outras executadas pelo MP sobre os esquemas de corrupção na PDVSA. O governo de Maduro planeja sua reestruturação, como meio de tirar o país da crise em que vive há anos.

Maior empresa da Venezuela, a estatal vem gradualmente reduzindo sua produção de petróleo por causa da drástica diminuição nos investimentos e da politização de seus quadros. A produção de petróleo responde por 96% da renda do país.

Fonte de receita

Historicamente a maior fonte de receita da Venezuela, a produção de petróleo no país de Nicolás Maduro despencou e continuará a cair até 2019. Os dados foram divulgados pela Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), que, em agosto, publicou suas previsões para 2018 e 2019. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

“O abastecimento na Venezuela caiu em mais 40 mil barris por dia em julho, para um total de 1,26 milhão de barris por dia”, afirmou a agência. Em comparação com meados de 2017, a redução da produção nacional foi de 770 mil barris por dia.

Para a IEA, tal situação pode levar a Venezuela a ter uma produção abaixo de 1 milhão de barris por dia ao final de 2018.

O cenário é radicalmente diferente da produção de 3,3 milhões de barris registrada há 20 anos. Mesmo em 2015, quando a crise já era uma realidade, a produção era de 2,6 milhões de barris por dia. Hoje, ela não passa de 1,2 milhão de barris.

“A produção de campos convencionais e maduros de petróleo está rapidamente caindo e locais operados por joint ventures com parceiros internacionais no cinturão do Orinoco estão em colapso ou operando abaixo da capacidade”, indicou a agência.

“Uma crise de liquidez e a má gestão crônica já cortou a produção de petróleo da Venezuela em 350 mil barris por dia desde o início do ano e não há sinal de recuperação”, alertou a IEA.

Outro aspecto que pode pesar são as sanções internacionais. Em outubro, o presidente americano, Donald Trump, anunciou medidas que barravam o acesso da Venezuela e suas estatais ao capital estrangeiro, justamente num momento de falta de liquidez em Caracas. As sanções também impedem que cidadãos americanos comprem papéis emitidos pelo governo venezuelano ou pela estatal PDVSA.

Em maio, uma nova rodada de sanções foi imposta como resposta à vitória de Maduro nas eleições presidenciais – observadores internacionais relataram uma série de fraudes no processo eleitoral.

Diante da queda de produção, os dados da IEA apontam que a Venezuela já produz hoje uma quantidade menor de petróleo que a Nigéria e Angola e está rapidamente se aproximando dos índices da Argélia.

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