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Brasil O Ministério Público denunciou João de Deus pela quarta vez por abusos sexuais cometidos durante atendimentos espirituais

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O médium está preso há dois meses e é réu por abusos sexuais, posse ilegal de arma de fogo e corrupção de testemunhas. Ele nega todas as acusações. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O MP-GO (Ministério Público do Estado de Goiás) registrou, na quarta-feira (20), a quarta denúncia contra João de Deus por estupro de vulnerável. Os promotores também propuseram uma ação cível por danos moral, coletivo e social. O médium está preso há dois meses e é réu por abusos sexuais, posse ilegal de arma de fogo e corrupção de testemunhas. Ele nega todas as acusações. As informações são do portal de notícias G1.

Advogado do médium, Alberto Toron disse que ainda não teve acesso à denúncia mais recente, portanto, ainda não pode se manifestar. Sobre o pedido de indenização, ele disse acreditar que o MP-GO “não tem legitimidade para fazê-lo”.

O promotor de Justiça de Augusto César Souza, que integra a força-tarefa criada para investigar crimes contra João de Deus, explicou que a nova denúncia é referente a cinco abusos. No documento ainda constam relatos de estupros de outras sete mulheres, que já prescreveram, mas servem para corroborar as denúncias das demais.

Os crimes aconteceram quando as vítimas tinham entre 20 e 30 anos, de 2009 a 2016. Todos foram cometidos, conforme o documento, em uma sala reservada da Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal.

Segundo Souza, uma das vítimas foi abusada várias vezes, mas não precisou quantas. “Ela manteve vínculo de crença e admiração pelo médium”, afirmou.

Ressarcimento das vítimas

Nesta quinta-feira (21), durante a visita da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, os promotores também propuseram uma ação cível por danos moral, coletivo e social. O processo se refere à quantia de R$ 50 milhões bloqueada, liminarmente, pela Justiça, após pedido do MP-GO.

R$ 30 milhões são para ressarcimento das 308 vítimas que sofreram abusos. Os R$ 20 milhões serão para danos sociais e morais coletivos, que serão destinados a projetos de proteção e amparo às vítimas de abuso sexual”, explicou Souza.

Questionado pela ministra se o médium possui esse patrimônio, o promotor destacou a grande quantidade de fazendas, casas e carros no nome do médium.

Chama a atenção o vasto patrimônio acumulado por uma pessoa religiosa. Acredito que o Centro tenha fundo filantrópico. O dinheiro é tanto para reparar quanto para que tenha conhecimento da gravidade dos seus atos”, afirmou.

João de Deus está detido no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, desde 16 de dezembro de 2018. Ele é réu em três processos por crimes sexuais e um por posse ilegal de arma de fogo.

Veja os processos contra ele:

Ações na Justiça: João de Deus já virou réu três vezes por violação sexual e estupro de vulnerável. A mulher dele, Ana Keyla Teixeira, também foi denunciada no crime envolvendo os armamentos, e o filho, Sandro Teixeira, por intimidação das testemunhas;

Apuração no MP: O órgão segue colhendo e analisando novas denúncias de mulheres que se dizem vítimas do médium.

Investigação: Polícia Civil aguarda laudos para concluir a investigação sobre lavagem de dinheiro, devido aos mais de R$ 1,6 milhão e pedras preciosas aprendidos em imóveis do médium.

A defesa tenta conseguir a liberdade do médium ou que ele passe para prisão domiciliar. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negou o pedido de habeas corpus dos advogados.

Existe um processo que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ), após negativa do ministro Nefi Cordeiro, e a apelação ao Supremo Tribunal Federal (STF) foi retirada pelos próprios defensores.

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