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Por Redação O Sul | 8 de maio de 2017
O MPF (Ministério Público Federal) pediu para a Justiça incluir Benedicto Junior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, e Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, como testemunhas de acusação contra o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na ação que investiga as obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.
O pedido foi realizado pelo procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, da Procuradoria da República no Distrito Federal.
O caso investiga suposto esquema de desvios para a liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa, que financiaram as obras do Porto Maravilha.
Com o pedido, a situação jurídica de Cunha, e de outros quatro denunciados, ficará ainda mais complicada. Benedicto Junior afirmou em depoimento que ex-presidente da Câmara recebeu uma mesada, por três anos, que somaram mais de 19 milhões de reais, pelo o equivalente a 1,5% da obra.
O pedido mostra também que, aos poucos, os delatores da Odebrecht passarão a contribuir em várias ações em andamento, reforçando as denúncias apresentadas pelo MPF. Delatores da companhia também já estão sendo ouvidos no caso da denúncia que apura irregularidades nos investimentos do BNDES, em Angola.
Também são réus na ação do Porto Maravilha Lúcio Funaro; o empresário Alexandre Margotto (hoje, delator); o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto; e o ex-ministro do governo Temer Henrique Eduardo Alves. (AG)