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Política O Ministério Público Federal pediu ao juiz Sérgio Moro a condenação do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil a 30 anos de prisão. Ele responde a acusação de que recebeu 3 milhões de reais, em dinheiro vivo, em propina

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Em suas alegações finais, a força-tarefa disse que "o montante da pena e sua efetividade da punição constituem relevantes fatores para estancar o comportamento criminoso". (Foto: Reprodução)

A força-tarefa do MPF (Ministério Público Federal) na Operação Lava-Jato pediu ao juiz federal Sérgio Moro a condenação do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine e sugere uma pena de ao menos 30 anos de prisão. Em alegações finais ao magistrado, os procuradores atribuíram ao executivo os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e embaraço à investigação de organização criminosa. A acusação também pede o ressarcimento de R$ 3 milhões, que seriam fruto do esquema envolvendo a Petrobras e o grupo Odebrecht.

Segundo a acusação, a empreiteira pagou R$ 3 milhões a Bendine, o que foi confirmado pelo ex-presidente do grupo Marcelo Odebrecht em depoimento. O valor foi repassado, segundo a denúncia, com o objetivo de que o ex-presidente da Petrobras “não atrapalhasse” a Odebrecht em negócios na estatal.

Os pagamentos, em três parcelas iguais, foram feitos em meados de 2015, segundo Odebrecht, que também deve ser condenado por Moro, de acordo com a Lava-Jato. Bendine assumiu a Petrobras em fevereiro de 2015 na gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), deixando a presidência do Banco do Brasil.

Em suas alegações finais, a força-tarefa disse que “o montante da pena e sua efetividade da punição constituem relevantes fatores para estancar o comportamento criminoso”.

“Assim, se entendêssemos que uma punição adequada para um crime de corrupção é de 10 anos de prisão, mas a probabilidade de punição para alguém que o pratica é de 33%, a pena, para ser um fator real de desestímulo, deve ser de 30 anos de prisão”.

Os procuradores ainda pontuam que esperam que a pena seja maior do que 30 anos, mas não indicam uma pena exata. Bendine está preso preventivamente desde julho do ano passado.

Para a Lava Jato, a conduta de Bendine deve ser considerada de modo “fortemente negativa”. Os procuradores indicam que a situação do executivo se agrava por ele ter “ido à petrolífera com a missão de combater práticas criminosas e desvios no âmbito da estatal, tendo traído toda a sociedade ao adotar a conduta contrária: praticar crimes”.

“Ademais, os acusados possuem excelente formação acadêmica e qualificação, com discernimento acima do homem médio. Usaram suas formações e conhecimento para produzir males sociais”, disse a Lava-Jato.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Bendine, mas não obteve retorno até o momento a respeito das alegações do MPF. Os defensores ainda terão prazo para darem seus últimos posicionamentos no processo.

Em seu interrogatório, Bendine disse que é alvo de uma “perseguição brutal” por ter assumido a petroleira em um momento de crise, quando a Operação Lava Jato já estava em curso. Bendine também chamou Marcelo Odebrecht de “calhorda” e negou ter recebido uma propina de R$ 3 milhões. Para Bendine, o processo é uma “piada”.

Em tom de desabafo, ele afirmou que destruíram sua vida “sem nenhuma prova”. “Eu não sei por que essa tortura. Há seis meses eu estou preso, vim parar num presídio. Toda uma história de vida foi desmontada”, lamenta.

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