Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O ministro da Defesa prevê mais mortes na fase final da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro

Compartilhe esta notícia:

"Os enfrentamentos tendem a se intensificar", frisou o general Silva e Luna. (Foto: EBC)

A intervenção federal no Rio caminha para uma maior letalidade, tanto em razão de uma ampliação de confrontos entre grupos rivais quanto pela atuação mais efetiva da polícia. A avaliação é do ministro da Defesa, o general do Exército Joaquim Silva e Luna, em entrevista à imprensa.

“Enfrentamentos entre grupos tendem a se intensificar e gerar mais mortes”, frisou. “Isso não é uma profecia, é uma conclusão. Ao se defrontar com o criminoso, a tendência da polícia, por falta de meios, era se omitir. Agora, ela está disposta a enfrentar. E isso pode aumentar a letalidade das operações.”

A operação da intervenção federal no Complexo do Alemão, que na última segunda-feira deixou três militares mortos, foi a mais letal para o lado do Exército nas últimas décadas. Luna cita que houve mortes apenas na missão de paz no Haiti (2004-2017), todas por causa dos terremotos. Ele lembrou, ainda, da ação de garantia da lei e da ordem no complexo da Maré, em 2014, que teve um soldado morto e 27 feridos.

Dados

O Rio de Janeiro teve um aumento de 40% na quantidade de mortes em decorrência de ações policiais: 636 entre março e julho deste ano, contra 460 no mesmo período do ano passado. Na avaliação de Silva e Luna, os dados catalogados na época eram inconsistentes em razão de a polícia estar em greve:

“As notificações eram abaixo do que acontecia de fato. Além disso, ao se defrontar com o criminoso, a tendência da polícia, por falta de meios, era se omitir. Agora, ela está disposta a enfrentar. Isso aí pode aumentar a letalidade. A ação da polícia não é matar. Ela vai para tentar prender. Do enfrentamento pode surgir a morte”.

O ministro diz que não haverá vingança e que a estratégia militar manda trocar tropa e comando, para que não haja espaço para revanches. Ele também não admite que houve erro dos militares na prisão de cinco jovens no Alemão que, após quatro dias presos, foram soltos pela Justiça por falta de evidências de envolvimento em práticas criminosas. “O criminoso se sente reforçado e volta como herói”, lamentou.

Marielle

Luna disse, ainda, que a intervenção federal não sabe quem assassinou a vereadora fluminense Marielle Franco (PSOL) e o seu motorista, Anderson Gomes. “Mas estamos trabalhando para que isso ocorra [o desfecho das investigações] até o fim da presença dos militares no Rio de Janeiro, em 31 de dezembro”, garante. “O caso Marielle vai ser parte da percepção do êxito da intervenção. Resolvido, é uma percepção. Não resolvido, é outra percepção.”

O general acrescentou: “Identificado o criminoso, essa pessoa, esse grupo, que se possa entregar todos os instrumentos à Justiça. Seria muito ruim identificar uma pessoa e no dia seguinte ela estar andando de bermudas pelo bairro de Copacabana”.

“Seria ruim que os dados para provar que ele é o criminoso sejam muito frágeis. Um advogado com pouca instrução consegue liberá-lo. A ansiedade da população brasileira é a minha também e do próprio interventor. O caso é emblemático, embora existam milhares de outros casos. Milhares são muito, mas outros casos também aconteceram”.

“A vereadora Marielle Franco era uma pessoa que tinha vida política, perspectiva em sua área e no que ela defendia. Trata-se de uma liderança que foi morta. Houve informações precipitadas [sobre a apuração do crime] e isso acabou retardando o processo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

“Um ato de provocação”, diz advogado de Temer sobre intimação da Polícia Federal por telefone
O presidenciável Alvaro Dias disse que “não se arrepende” de ter convidado o juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça
https://www.osul.com.br/o-ministro-da-defesa-preve-mais-mortes-na-fase-final-da-intervencao-federal-na-seguranca-publica-do-rio-de-janeiro/ O ministro da Defesa prevê mais mortes na fase final da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro 2018-08-25
Deixe seu comentário
Pode te interessar