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Brasil O ministro da Educação mostra cicatriz para justificar as suas notas baixas na faculdade

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Na avaliação do ministro, é preferível dar autonomia às universidades porque isso traria benefícios concretos "muito maiores" do que a cobrança de quem tem recursos. (Foto: Divulgação)

Em um vídeo postado em seu perfil no Twitter, na sexta-feira (03), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, tirou parte de sua camisa para mostrar uma cicatriz que tem no ombro e justificar aos seguidores porque havia tirado notas baixas nos primeiros semestres da faculdade. Circulou na internet um boletim de Weintraub com notas dele no início da faculdade. Ele confirmou a veracidade do documento. O ministrou cursou Economia na USP (Universidade de São Paulo) e disse que o início de sua graduação foi um “inferno”.

“Tá circulando na internet meu boletim do primeiro ano e meio na faculdade, os primeiros três semestres da USP. Eu era muito jovem, entrei na USP com 17 anos e esse primeiro ano e meio meu foi um inferno. Como esse boletim foi obtido é ilegal, não tinha acesso, mas ele não é fake news, é verdade”, afirmou o Weintraub no vídeo.

Para justificar as notas baixas, o ministro da Educação disse que naquele período os pais haviam se separado, ele teve depressão e sofreu um acidente. Emocionado, Weintraub tirou parte da camisa e mostrou uma cicatriz no ombro, que, de acordo com ele, o prejudicou, pois teria ficado meses sem poder escrever e somente um professor permitiu que ele fizesse avaliação oral.

“Esse primeiro ano e meio, meus pais se separaram, teve o plano Collor, minha família desmanchou, eu tive depressão e eu sofri um acidente horroroso que eu tive que colocar parafuso no braço. Fiquei seis meses sem poder escrever e só teve um professor que me deixou fazer prova oral. Está aqui a cicatriz, 15 centímetros”, justificou o ministro.

Competente e dedicado

A revista Época falou com Arthur Ridolfo Neto, o orientador da dissertação de mestrado de Weintraub na FGV (Fudação Getulio Vargas), em 2013, e perguntou-lhe como o ministro foi como aluno. “Durante mais de um ano de convivência na orientação, constatei que ele é extremamente competente e dedicado nos trabalhos que desenvolve. Cuidadoso, sempre buscando perfeição”, afirmou. Pessoalmente, Neto destacou que Weintraum é “muito educado e formal”. “Até hoje me trata como professor e senhor, apesar de eu ter lhe dado liberdade para ser informal comigo. É um homem extremamente educado e afável”, contou.

Deputado

O deputado federal Marcelo Freixo (PSL-RJ) fez críticas contundentes ao ministro da Educação Abraham Weintraub através de sua conta do Twitter, neste sábado (04). Freixo disse que “depois do discursinho sobre os custos de um universitário e de uma criança na creche, descobrimos que o ministro Nota Zero cortou R$ 2,4 bilhões da Educação Básica”, e completou: “sabe o que eu faria em seu lugar? Deixaria de ser cínico e mentiroso. Você é inimigo da Educação”, concluiu.

Freixo se referiu, em seu tuíte, a vídeo postado no início da noite de terça-feira (30) em sua conta no Twitter, onde Weintraub questionou se os contribuintes preferem que o dinheiro dos impostos seja gasto com alunos de graduação ou de creches. “Para cada aluno de graduação que eu coloco na faculdade, eu poderia trazer dez crianças para uma creche. Crianças que geralmente são mais humildes, mais pobres, mais carentes, e que, hoje, não têm creches para elas. O que você faria no meu lugar?”, disse, sem explicar se os dados são uma média ou se referem a instituições específicas.

O MEC (Ministério da Educação) congelou também mais recursos da educação básica do que das universidades federais. Apesar do discurso do governo federal de dar prioridade à base do ensino público, ao menos R$ 2,4 bilhões que estavam previstos para investimentos em programas da educação infantil ao ensino médio foram bloqueados. As universidades federais estão sem R$ 2,2 bilhões. O contingenciamento vai na contramão do que defende o presidente Jair Bolsonaro (PSL) desde a campanha eleitoral: o aumento de investimento para a educação básica em detrimento do ensino superior.

tags: educação

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