Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política O ministro da Saúde não consegue apaziguar os médicos

Compartilhe esta notícia:

A Federação Médica Brasileira sugeriu que o ministro "volte para a engenharia". (Foto: Abr)

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, vem promovendo seguidos encontros tentando aparar as arestas com a classe médica. Em conversa com os presidentes dos Conselhos Regionais de Medicina, o ministro  chegou a exibir… vídeo dele mesmo dizendo que “os médicos fingem trabalhar”. Tentava mostrar que a frase havia sido tirada do contexto. Ele também se elogiou: seria o ministro mais acessível para entidades.

“Ninguém mais do que eu faz diálogo com a categoria médica. Nenhum outro ministro é tão acessível para todas as outras categorias como eu.” Na última quinta-feira, Barros havia declarado em discurso no Planalto: “Muito sinceramente, o senhor [presidente Michel Temer] sabe que sou uma pessoa muito pragmática e clara. Vamos parar de fingir que pagamos médico, e o médico vai parar de fingir que trabalha”.

Agora, Ricardo Barros nega que tenha errado e atribui a “polêmica” à imprensa. Depois, afirma que se referia a “só um veículo”. “A polêmica atende a vários interesses, menos ao da Saúde. Aos médicos, de modo geral, a quem não me referi, não comprem essa fala como qualquer ofensa. Eu diria que o erro foi da forma como a imprensa divulgou a fala.” “Só um veículo, na verdade, colocou a frase única”, tentou remendar.

 

“Deveria ter feito um mea culpa e pedido desculpas”, observou Florentino de Araújo Cardoso Filho, da Associação Médica Brasileira. “Todos erramos. Todos. O que não podemos mais admitir é insistência em erros.”

“Volte para a engenharia”

Entidades médicas atacaram duramente a fala de Barros. A Federação Médica Brasileira  sugeriu que o ministro “volte para a engenharia” e citou o “governo afundado em denúncias de corrupção”. O Conselho Federal de Medicina  e a Associação Médica Brasileira rebateram os comentários “completamente inadequados” e “pejorativos” de Ricardo Barros.

“Aplauso frenético”

Em evento com o ministro, o presidente Michel Temer pediu “aplausos frenéticos” para Barros, que é deputado licenciado do PP. A equipe de Barros na Saúde, disse Temer, cuida do “corpo inteiro”. “Ricardo e equipe do Ministério da Saúde cuidam do corpo inteiro. E a saúde bucal faz parte da estrutura corporal”, declarou o peemedebista, cuja voz falhou no discurso várias vezes. “São tantos feitos administrativos que a garganta acaba falhando”, defendeu.

Protesto marcado

Está marcado para 3 de agosto um protesto da classe médica contra o ministro da Saúde. Representantes do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, da Confederação Nacional dos Médicos, da Federação Nacional dos Médicos e do movimento Aliança Médica se reuniram na semana passada, em Brasília, para organizar o movimento.

As entidades prometem fazer muito barulho em frente ao Ministério da Saúde para “sugerir que o ministro controle a língua”. E, de quebra, defender a criação da carreira médica nacional para diminuir a dificuldade na contratação de profissionais nos municípios brasileiros.

tags: Saúde

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Juiz recusa pedido para paralisar por 60 dias um processo em que o ex-presidente Lula é réu por tráfico internacional de influência, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa
O PSDB avisou que mais da metade dos seus deputados devem votar contra Michel Temer
https://www.osul.com.br/o-ministro-da-saude-nao-consegue-apaziguar-os-medicos/ O ministro da Saúde não consegue apaziguar os médicos 2017-07-22
Deixe seu comentário
Pode te interessar