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Política O ministro das Relações Exteriores pediu o arquivamento de inquérito contra ele, onde é investigado por suspeita de receber 500 mil reais via caixa 2 da Odebrecht

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Em parecer entregue ao STF, Raquel Dodge, afirmou que é preciso esclarecer a origem desses recursos que poderiam ter ido para o ministro. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O ministro das Relações Internacionais, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) o arquivamento do inquérito em que ele é investigado por ter supostamente recebido caixa dois em sua campanha ao Senado, em 2010. O dinheiro teria sido doado em troca de favorecimento em contratos em São Paulo. A investigação foi aberta com base na delação de ex-funcionários da Odebrecht.

Em maio deste ano, Ferreira admitiu em depoimento prestado à Polícia Federal, no dia 3 daquele mês, ter solicitado recursos à Odebrecht para sua campanha ao Senado, mas negou o recebimento de verbas por meio de caixa dois. Ele também reconheceu que, quando era secretário estadual em São Paulo, se encontrou com um executivo da empresa, que se tornou delator, mas negou ter pedido qualquer vantagem.

Os executivos da Odebrecht alegaram, em delações premiadas, ter repassado R$ 500 mil à campanha de Aloysio Nunes, por meio de caixa dois. Em parecer entregue ao STF, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que é preciso esclarecer a origem desses recursos e cita delações de Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedicto Junior, ex-executivos da empreiteira. No documento, Raquel afirmou ser “fato incontroverso” que houve repasse para a campanha de Aloysio. O documento foi revelado na quinta-feira, em reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a defesa, “incontroverso é o fato de que as acusações do delator Carlos Armando contra o ministro – sem qualquer documento que pudesse, ao menos em tese, corroborar as suas alegações – não procedem, e sequer guardam qualquer lógica do ponto de vista cronológico com os fatos ocorridos no ano de 2010, tampouco com os próprios documentos por ele apresentado”, afirmou.

O delator Carlos Paschoal disse aos investigadores que uma pessoa indicada por Aloysio Nunes determinou em que hotéis da Zona Sul de São Paulo deveriam ser entregues duas parcelas de R$ 250 mil. Também em colaboração premiada, Benedicto Junior confirmou a acusação e disse que Paschoal tinha a função de fazer “avaliação eleitoral” do ministro e ex-senador. Aloysio nega o recebimento.

Segundo a defesa do ministro, “Aloysio Nunes se desincompatibilizou da chefia da Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo em 31 de março de 2010 para disputar cargo eletivo ainda não definido. Apenas em junho daquele ano, após a convenção do PSDB, decidiu candidatar-se ao cargo de Senador da República. Foi nesse período que iniciou a arrecadação de recursos para a sua campanha. O delator afirma que se reuniu com o ministro em abril do mesmo ano, quando supostamente teria ocorrido o pedido de contribuição de campanha”.

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