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Brasil O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, diz que a Eletrobras é responsável por 30 das 50 obras de transmissão com o maior atraso no País

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Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) fez a afirmação durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado. (Foto: Agência Brasil)

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou nesta terça-feira (26) que das 50 obras de transmissão de energia com maior atraso, 30 são de responsabilidade da Eletrobras e outras três são de sociedades das quais a estatal participa.

Em apresentação na Comissão de Infraestrutura do Senado, o ministro afirmou que o tempo médio de atraso nas obras da Eletrobras é de 4,9 anos, enquanto a média de atraso dos empreendimentos do setor privado é de 1,5 ano. O setor privado em 6 obras de transmissão entre as 50 com o maior atraso. “Hoje a Eletrobras não pode participar de leilões de transmissão por causa dos atrasos”, afirmou o ministro.

Coelho Filho disse que os atrasos em obras de transmissão acabam levando a tarifas de energia elétrica mais altas, já que prejudicam o envio de energia e podem obrigar a geração por termelétricas, que, geralmente, produzem energia mais cara.

O ministro foi convidado pela Comissão de Infraestrutura para falar sobre a privatização da Eletrobras. Em agosto, o governo anunciou que deixará de ter a maioria das ações da estatal. Hoje, a União tem mais de 60% das ações da empresa.

Ao defender a privatização, Coelho Filho disse que a Eletrobras perdeu importância na expansão do setor elétrico. Segundo ele, hoje a estatal responde por 31% da geração de energia do país e, nos últimos cinco anos, apenas 15% do aumento da capacidade de geração foi feito por ela.

Privatização

Privatizar a companhia, dizem especialistas, pode ser um passo importante para que ela ganhe eficiência. A Eletrobras registrou prejuízos reiterados entre 2012 e 2015 e hoje tem uma dívida de quase R$ 40 bilhões. A situação financeira de algumas das empresas, especialmente das distribuidoras, é bastante frágil, afirmam economistas e engenheiros.

Além disso, eles acrescentam, seria um caminho para que a estatal deixasse de ser usada como instrumento do “toma lá dá cá” político. Hoje, de forma geral, são os partidos à frente do Ministério de Minas e Energia que nomeiam os cargos mais altos das principais empresas.

Por outro lado, a desestatização poderia ser melhor discutida, construída de forma mais estratégica. No contexto em que foi anunciada, dentro de um pacote que contabiliza 57 privatizações, a motivação do governo parece ser o rombo nas contas, ponderam alguns especialistas. O potencial de arrecadação apenas da estatal de energia é de R$ 20 bilhões, conforme as estimativas do Ministério da Fazenda.

Hoje, o governo federal detém 60% das ações da estatal. A União é dona de 41% e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), junto com seu braço de participações, o BNDESPar, de outros 19%.

O plano inicial é diminuir essa participação emitindo novas ações. Com um volume maior de papéis, a fatia do setor público seria diluída e a companhia, capitalizada. De um lado, segundo o governo, o modelo procuraria evitar que o controle da companhia ficasse nas mãos de apenas um grupo, mas esse é um risco que ainda não pode ser descartado, avaliam os especialistas.

 

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