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Por Redação O Sul | 9 de maio de 2017
O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou nesta terça-feira (9) por condenar o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) por crime de lavagem de dinheiro.
Para o ministro, Maluf ocultou e dissimulou dinheiro desviado da construção da avenida Água Espraiada (atualmente chamada de avenida Roberto Marinho), enquanto era prefeito de São Paulo (1993 a 1996).
O julgamento foi interrompido após o voto de Fachin, relator do caso, por causa do horário e deve ser retomado no dia 23 de maio.
O esquema de corrupção utilizou transações no exterior para repatriar os desvios, segundo o Ministério Público Federal.
O MPF responsabiliza Maluf por desvios de mais de US$ 172 milhões. No entanto, parte dos crimes já foi prescrita. Em seu voto, Fachin considerou desvios na ordem de US$ 15 milhões.
“Entendo devidamente constatada a materialidade bem como a autoria do réu Paulo Salim Maluf entre o ano de 1998 e 2006.
e forma permanente ocultou e dissimulou vultuosos valores oriundos da perpetração do delito de corrupção passiva utilizando-se para isso diversas contas bancárias e fundos de investimentos situados na ilha de Jersey, abertos em nomes de empresas offshores”, disse Fachin em seu voto.
O caso está na Primeira Turma do STF, da qual Fachin fazia parte até fevereiro deste ano, quando mudou de colegiado para participar do sorteio da relatoria da Operação Lava-Jato, depois da morte de Teori Zavascki em acidente aéreo.
Também fazem parte do colegiado os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Marco Aurélio e Rosa Weber.
Alexandre de Moraes, que entrou na cadeira de Fachin, não participa deste julgamento.
Outro lado
Durante a sessão, o advogado de Maluf, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que os crimes já foram prescritos. (Folhapress)