Brasil O ministro Eliseu Padilha disse que Michel Temer não tem nenhuma pretensão de concorrer a um segundo mandato como presidente da República

A declaração foi feita durante uma entrevista a repórteres após a apresentação de um balanço do programa Brasil Eficiente. No que se refere à eleição presidencial de 2018, Padilha disse que o PMDB deverá estar alinhado com quem defenda o legado do governo de Michel Temer.

“Nossa intenção é mantermos a base de sustentação e termos uma candidatura que defenda  o legado do presidente Michel Temer. Portanto, não se exclui ninguém”, ponderou. “O presidente tem conversado com os presidentes dos partidos que hoje formam a base de sustentação e a ideia é de nós termos, dentro desse conjunto da base, uma candidatura que possa representar esse legado.”

Previdência

Eliseu Padilha também afirmou que não há mais espaço para concessões no texto da reforma da Previdência além das que já foram feitas em relação à proposta original enviado pelo governo ao Congresso Nacional.

“Já fizemos concessões muito grandes que representam cerca de 40% daquilo que era a proposta original”, ressaltou. “Para preservar a reforma, para que ela tenha o efeito necessário, entendemos que deveria ter guardado a corporificação inicial. Não foi possível. Chegamos no que é possível. Agora, novas concessões, além das que já foram feitas, o governo não vê como possibilidade de fazer nesse momento.”

Ainda segundo ele, as concessões do governo se esgotaram: “Chegamos no osso. Já não temos mais condições de fazer concessões. Não haverá concordância do governo com qualquer tipo de nova concessão”.

O ministro disse esperar que a reforma seja votada na Câmara ainda este ano. Segundo ele, a reforma é indispensável: “Se não houver reforma da Previdência, no ano de 2024 todo o Orçamento da República só paga folha de pagamento, previdência, saúde e educação”.

Com o novo texto da reforma da Previdência, definido na semana passada, pelo Palácio do Planalto e pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), o governo estima que deve deixar de economizar cerca de R$ 320 bilhões no período de dez anos, ou cerca de 40% da economia estimada na comparação com a proposta inicial enviada no ano passado ao Congresso.