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Tecnologia O Netflix foi criticado por ridicularizar quem assistiu a especial de Natal

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A lei brasileira e norte-americana permitem que dados de clientes sejam usados para qualquer finalidade se não for possível identificá-los, ou seja, caso se trate de um padrão, como neste episódio da Netflix. (Foto: Reprodução)

Netflix foi criticada por escrever um tuíte ridicularizando quem assistiu a um filme que ela mesma produziu, “O Príncipe de Natal”. “Às 53 pessoas que assistiram ‘O Príncipe do Natal’ todo dia nos últimos 18 dias: Quem machucou vocês?”, dizia a mensagem, postada no Twitter (em inglês) no domingo.

O comentário foi chamado de “distópico” na rede social, e muitos afirmaram que a Netflix não poderia usar os dados de usuários para humilhá-los.

A empresa se defendeu e disse que se importa com a privacidade dos clientes. “A informação representa tendências de consumo generalizadas, não informações individualizadas, de pessoas específicas”, disse.

Privacidade

“É um episódio curioso, porque não identificaram ninguém, não houve um dano concreto, mas mesmo assim as pessoas se sentiram invadidas”, diz Jacqueline Abreu, advogada especializada em privacidade e vigilância do InternetLab.

Não há, segundo Abreu, nenhuma ilegalidade no comportamento da empresa. “A discussão é mais em torno dos limites do humor, se justificaria expor o comportamento dos clientes para fazer uma piada assim.”

Trevom Timm, diretor-executivo da Freedom of the Press Foundation (Fundação pela Liberdade de Imprensa), respondeu o tuíte da Netflix com questionamentos: “Quantos funcionários têm acesso aos hábitos de consumo das pessoas? Há algum controle sobre quem pode acessar esses dados, e para o que são usados?” A empresa não respondeu as perguntas.

No ano passado, o Spotify foi criticado por uma piada parecida. “Seja tão amável quanto a pessoa que colocou 48 músicas do [cantor] Ed Sheeran na playlist ‘Eu amo ruivos'”, diziam anúncios do serviço.

A lei brasileira e norte-americana permitem que dados de clientes sejam usados para qualquer finalidade se não for possível identificá-los, ou seja, caso se trate de um padrão, como neste episódio da Netflix.

O serviço de streaming usa rotineiramente dados dos hábitos de clientes para decidir como irá produzir e anunciar o seu próprio conteúdo.

Pesquisa

Qual foi o filme que você mais maratonou este ano? Qual produção os seus filhos mais assistiriam em 2017? Se você está achando que assistir a clássicos da Disney como Branca de Neve e os Sete Anões, Aladdin ou Hércules inúmeras vezes, ou ver produções mais modernas como Frozen, Minions, Galinha Pintadinha e O Show da Luna! centenas de vezes com os pequenos basta, não conhece esse brasileiro que viu Ratatouille mais de 300 vezes na Netflix.

De acordo com uma pesquisa do serviço de streaming, o filme da Pixar sobre o ratinho cozinheiro, lançado em 2007, foi visto por um perfil brasileiro da Netflix exatas 344 vezes. O fato chamou a atenção pois, geralmente, os assinantes assistem a 60 filmes por ano.

Considerando que o ano tem 365 dias, e a pessoa (ou pessoas) tenha visto uma vez por dia, ele (ou ela) teria passado somente 20 dias sem assistir à animação. Por mais que seja difícil não se emocionar com Remy e Linguini, tem que ser muito fã mesmo! Vai ver que é o filme que mais acalma o(a) filho(a), né?

Ainda segundo os dados da pesquisa, 2017 o ano das maratonas. O Brasil ficou em sexto lugar no ranking de maior número de assinantes que assistem a programações do serviço de streaming no mesmo dia. A lista é liderada pelo México.

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https://www.osul.com.br/o-netflix-foi-criticado-por-ridicularizar-quem-assistiu-especial-de-natal/ O Netflix foi criticado por ridicularizar quem assistiu a especial de Natal 2017-12-13
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