Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O novo diretor da Polícia Federal defendeu o sigilo das delações premiadas e criticou o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot

Compartilhe esta notícia:

O ex-procurador-geral Rodrigo Janot. (Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil)

O novo diretor-geral da PF (Polícia Federal), Fernando Segovia, disse que o órgão vai trabalhar “em silêncio” e “em busca de provas” para blindar as investigações contra pressões externas. Para o delegado, os casos criminais só deveriam vir a público a partir de uma decisão judicial pelo fim do sigilo processual.

Em entrevista à imprensa em seu gabinete, Segovia afirmou que discutiu o assunto com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em reunião de quase três horas na semana passada.

“Fomos uníssonos nesse assunto”, frisou. “O que vai nos blindar principalmente é o nosso trabalho, sério, o tempo todo. E com o sigilo dessas investigações ninguém vai saber o que está acontecendo. Faremos todas as investigações com sigilo e, no momento adequado, o juiz, que é o detentor do resultado do nosso trabalho, vai saber bem melhor quebrar esse sigilo.”

Falando em “parceria”, Segovia pregou mudança na relação entre PF e MPF (Ministério Público Federal), que durante a gestão do ex-procurador-geralRodrigo Janot (2013-2017) foi marcada por atritos.

Ele preconizou, ainda, que as autoridades “se dispam do orgulho e da vaidade”. Na opinião de Segovia, “a autoridade acha que é o ícone, que aparece ali na frente da televisão e está resolvendo o problema para o Brasil, e não é. São centenas de pessoas trabalhando”.

Indagado se estava se referindo ao ex-titular da PGR, o delegado disse que ele seria um exemplo: “Janot mostrou ao Brasil talvez uma face que espero que tenha ficado no passado, desse orgulho, dessa vaidade”.

O delegado também reconheceu que no passado a PF registrou desvios das investigações, com policiais manifestando tendências até político-partidárias, mas que o órgão deve fazer um trabalho profissional.

Segovia defendeu, ainda, a necessidade de maior “união” entre os próprios policiais federais. As diversas carreiras que formam a PF estão “em guerra interna”, segundo o delegado, que teria sido estimulada por pessoas interessadas em enfraquecer a capacidade de investigação do órgão.

O diretor disse que está sendo analisada a ampliação da equipe de policiais federais hoje destacada para tratar dos inquéritos sobre políticos com foro privilegiado nos tribunais superiores. Mencionou que há reclamação de ministros do STF para dar celeridade nos casos.

Contatos

Ferrnando Segovia garantiu que não mantém relações com o ministro Eliseu Padilha ou com ex-presidente José Sarney e que só conheceu o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), Augusto Nardes, “por razões profissionais”, para discutir o projeto de criação de um gabinete de segurança institucional no órgão, com o apoio da direção da PF. A imprensa, porém, atribui aos três a indicação do diretor para o cargo.

Para Segovia, a escolha do seu nome ocorreu a partir de consultas do governo a diversas autoridades “da polícia, do Judiciário”. Disse seu nome também integrava, em última posição, uma lista com nove sugestões enviada pelo ex-diretor-geral Leandro Daiello para avaliação do ministro Torquato Jardim (Justiça).

O delegado disse que o ritmo de investigação não vai diminuir no ano eleitoral de 2018. “Será um processo dificílimo que a gente vai enfrentar. A gente vai ser totalmente neutro nesse processo eleitoral e a gente vai apurar tudo, de todos os lados.”

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Líder da Al-Qaeda pede ataques a países do Ocidente
Dilma volta a se reunir com ministros para anunciar cortes
https://www.osul.com.br/o-novo-diretor-da-policia-federal-defendeu-o-sigilo-das-delacoes-premiadas-e-criticou-o-ex-procurador-geral-da-republica-rodrigo-janot/ O novo diretor da Polícia Federal defendeu o sigilo das delações premiadas e criticou o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot 2017-11-15
Deixe seu comentário
Pode te interessar