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Política O novo ministro da Justiça é a esperança de Temer de influenciar a Polícia Federal e o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral

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Jardim nega que tenha sido nomeado para intervir na Lava-Jato. (Foto: Beto Barata/PR)

Promovido no domingo (28) pelo presidente Michel Temer, o novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, enfrenta desconfianças, especialmente vindas da Polícia Federal, onde há o temor de que ele busque intervir na Lava Jato e em outras operações da instituição.

A nomeação do jurista também é vista como uma forma de Temer reforçar sua defesa no Tribunal Superior Eleitoral. Nessa Corte, terá início, em 6 de junho, o julgamento da chapa Dilma-Temer. Jardim foi ministro do TSE de 26 de maio de 1988 a 18 de abril de 1996.

Jardim substitui um ministro — Osmar Serraglio — considerado fraco pelos aliados de Temer e, assim, sem capacidade de interferir no funcionamento da Polícia Federal. O órgão tem, desde 2011, o delegado Leandro Daiello na diretoria geral.

O policial que já passou por três presidentes é visto internamente como um representante de uma das categorias policiais — a dos delegados —, mas está longe de ser unanimidade entre agentes e outros servidores da instituição.

No próprio domingo, os delegados lançaram nota, por meio de sua associação de classe, expressando “preocupação e incerteza sobre a possibilidade de interferências no trabalho realizado pela Polícia Federal”. E aproveitaram para pedir “autonomia funcional, administrativa e orçamentária à Polícia Federal”.

O vice-diretor da Associação Nacional dos Delegados de PF, Regional de São Paulo, Edson Garutti, comentou ser “estranha” a troca do ministro no domingo, quando gravações falando em “colocar alguém forte no Ministério” vêm à tona. Ele se referia a um aúdio em que o senador, hoje afastado, Aécio Neves (PSDB-MG) comenta com o empresário Joesley Batista, da JBS, que é preciso trocar o comando da pasta. “Porque aí mexia na PF”, disse o tucano.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o novo ministro da Justiça disse que não tem decisão formada sobre o comando da Polícia Federal. “Eu vou avaliar. Vou ouvir a recomendação do presidente, de outras personalidades que conhecem o assunto, fazer o meu próprio juízo de valor e decidir”, disse.

Ele também negou que tenha sido nomeado para intervir na Lava-Jato, mas fez críticas moderadas à operação. “O que me preocupa é a fundamentação correta e precisa do tempo de prisão temporária, quanto ela deve se alongar.”

 

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