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Brasil O pai do adolescente que matou dois colegas em Goiânia diz que não ensinou o filho a atirar

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Arma pistola .40 usada pelo estudante pertence à mãe dele. (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Nesta segunda-feira (23), em Goiânia, prestou em depoimento à Polícia Civil, o pai do adolescente que matou dois colegas. Ele deu detalhes sobre onde estavam a arma do crime e a munição. O pai é oficial da PM (Polícia Militar). No depoimento, ele disse que não ensinou o filho a atirar, e que ele nunca se queixou de bullying.

Existia a expectativa de que o atirador fosse levado para o Juizado da Infância e Juventude esta tarde, mas no fim da manhã, a juíza disse que não ouviria o menor nesta segunda-feira. Ele continua internado numa cela da delegacia que cuida de atos infracionais praticados por menores e pode ficar no local por até cinco dias, ou seja, até quarta-feira, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente.

A polícia apreendeu o tablet do adolescente, que está sendo periciado. O depoimento durou uma hora e meia. O pai se emocionou em alguns momentos, mas estava tranquilo. Disse que não recebeu qualquer queixa do filho sobre bullying e que nunca ensinou o filho a atirar.

O pai afirmou que o filho pegou a arma da mãe em cima do guarda-roupa, e as munições numa gaveta trancada, e que a mãe não sabe como ele conseguiu a chave da gaveta. A mãe do adolescente, que também é uma policial militar, continua internada, segundo a advogada da família, desde que soube da tragédia. Ela está muito abalada. Assim que receber alta também vai prestar depoimento.

O Colégio Goyases ainda está fechado. No domingo (22), um dos quatro feridos teve alta.

Agora, o estudante Hyago Marques da Silva sorri, e está aliviado. O estudante, de 13 anos, conta o sufoco que ele e os colegas passaram na sexta-feira, pouco antes do meio-dia, dentro do Colégio Goyases. “Eu vi ele sacando a arma e eu tentei correr. Ai ele acertou o João Pedro e acertou eu”.

Hyago conseguiu sair da sala do oitavo ano. “Fui pra sala do nono ano engatinhando, aí eu sentei, fiquei quieto e parou de formigar minhas pernas. Comecei a correr a escada. Aí eu fui pra loja lá do lado”, conta.

O exame mostra que a bala ficou alojada na região do tórax. Há apenas cinco milímetros da medula óssea. Quem evitou que mais pessoas fossem atingidas foi a coordenadora da escola.

Simone Maulaz Elteto, teve muita calma para conseguir convencer o adolescente e baixar a arma.

“Aí eu posicionei a mão dele pra baixo de forma que a arma não ficasse apontada pra ele e nem pra mim. Aí eu falei pra ele “trava a arma, por favor”. Então ele travou a arma, e eu continuei segurando a mão dele, com calma. Aí os policiais entraram gritando. Pra ele soltar a arma e deitar no chão. Aí eu falei pra ele: ‘vamos fazer o que eles estão pedindo, por favor'”.

A escola está de luto. Uma reunião entre professores, pais e direção deve decidir como será a volta às aulas depois da tragédia. Alguns pais que estiveram no local disseram que foram informados o retorno dos alunos só deverá acontecer na semana que vem, se os estudantes tiverem condições emocionais.

Três meninas continuam internadas. Marcela Rocha, de 13 anos, Lara Fleury, de 14 anos, e Isadora de Morais, também de 14 anos, a que inspira mais cuidados.

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