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Mundo O papa aceitou a renúncia de um cardeal americano acusado de abusos sexuais

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Pontífice pede ajuda de fiéis para acabar com a "cultura do abuso". (Foto: Reprodução)

A Santa Sé anunciou no sábado (28) que o papa Francisco aceitou a renúncia do cardeal norte-americano Theodore McCarrick, 88. O religioso, que também é arcebispo emérito de Washington, foi acusado de abuso sexual nos Estados Unidos.

“O Santo Padre recebeu a carta do cardeal McCarrick, arcebispo emérito de Washington (EUA) que apresentou sua renúncia como membro do Colégio dos Cardeais”, disse o comunicado divulgado pela assessoria de imprensa do Vaticano.

“Papa Francisco aceita a renúncia do Colégio Cardinalício e ordenou sua suspensão de qualquer ministério público, com a obrigação de permanecer em uma casa, em uma vida de oração e penitência até que as alegações contra ele sejam examinadas em um julgamento canônico regular “, acrescenta o texto

Segundo o porta-voz Greg Burke, “não importa o prestígio: quando se trata de uma questão de abuso, vamos prestar contas”.

McCarrick comandou a arquidiocese da capital americana entre 2000 e 2006 e também atuou como bispo auxiliar de Nova York. Ele é um dos mais conhecidos cardeais americanos no mundo.

Embora ele esteja oficialmente aposentado, continuou a viajar, especialmente para defender questões de direitos humanos. Ele foi particularmente ativo na defesa das medidas tomadas contra os padres pedófilos nos Estados Unidos.

Segundo as agências Reuters e Associated Press, foi a primeira vez no passado recente que um cardeal perdeu o título após ser denunciado por abuso – outros acusados foram afastados do cargo, mas mantiveram o título.

Acusações

No mês passado, autoridades da Igreja norte-americana disseram que acusações de que ele abusou sexualmente de um jovem de 16 anos há quase 50 anos são críveis e fundamentadas.

Desde então, outra pessoa se apresentou com acusações de que McCarrick o abusou quanto tinha 11 anos de idade e diversos homens afirmaram que o cardeal os forçou a dormir com ele em uma casa de praia em Nova Jersey quando eram seminaristas adultos estudando para o sacerdócio.

McCarrick disse ter absolutamente nenhuma lembrança do suposto abuso do adolescente há 50 anos, mas não comentou sobre as outras acusações.

O The New York Times relatou na semana passada que duas dioceses em Nova Jersey, onde McCarrick serviu como bispo antes de ser promovido para Washington em 2000, haviam fechado acordos financeiros em 2005 e 2007 com homens que disseram ter sido abusados por McCarrick quando adultos há décadas.

Acredita-se que última pessoa a renunciar do Colégio Cardinalício tenha sido o teólogo francês Louis Billot, que saiu por conta de um desentendimento com o papa Pio 11 em 1927, de acordo com o jornal norte-americano National Catholic Reporter.

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