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Por Redação O Sul | 25 de maio de 2017
Às 8h31min de quarta-feira, depois de meses de declarações cruzadas e mútuas alusões veladas, o papa Francisco e o presidente dos EUA, Donald Trump, se reuniram no Vaticano. O mandatário norte-americano chegou acompanhado de uma comitiva formada, entre outros, por sua esposa, Melania, sua filha, Ivanka, e seu genro Jared Kushner.
Não se esperava grande sintonia, pois ambos se encontram em antípodas ideológicos. O semblante do Papa, sempre tão transparente, era de extrema seriedade. Ao final da reunião, em que a preservação ambiental e a paz estiveram na pauta através dos presentes trocados entre ambos, o ambiente era um pouco mais relaxado. “Não esquecerei sua mensagem”, prometeu-lhe Trump na despedida.
Os dois líderes discordam em praticamente todas as grandes linhas de gestão empreendidas pelo novo governo dos EUA: proteção ambiental, imigração, venda de armas, neoliberalismo… E não foi um encontro longo, especialmente levando-se em conta que Francisco dedicou 50 minutos ao antecessor de Trump na Casa Branca, Barack Obama, com quem mantinha uma grande sintonia.
Não se sabe qual foi o conteúdo da conversa desta quarta, mas, dada a grande distância de pensamento que existe entre ambos – o papa, entre outras coisas, questionou a fé de Trump quando este anunciou que construiria um muro entre os EUA e o México –, e levando em conta o recente atentado de Manchester, supõe-se que eles terão tentado estender pontes através da ideia da paz e da luta contra o terrorismo.