Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de abril de 2017
Passava pouco da meia noite, há quatro dias, quando o gigante saiu de dentro da terra rugindo e despejando fogo na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia (EUA) – o primeiro teste em muito tempo de lançamento real de um míssil Minuteman III, da Força Aérea norte-americana, foi um sucesso comemorado com discrição. O Pentágono só confirmou 36 horas mais tarde o ensaio do poderoso foguete balístico de alcance intercontinental, portador de uma ogiva nuclear de 475 kilotons, cerca de 500 mil quilos de explosivo convencional, tipo TNT.
Esse poder pode ser muito maior. Uma das versões do míssil leva três cargas que podem ser direcionadas contra diferentes alvos.
O exercício de disparo foi conduzido pela 30ª Ala Espacial da Força Aérea. Segundo o coronel John Moss, comandante do grupo, “a operação é necessária para a manutenção em nível elevado de nossa prontidão, eficiência e precisão”. Na madrugada de quarta-feira, o Minuteman percorreu aproximadamente 6,4 mil quilômetros até o ponto de descida, no atol de Kwajalein, nas Ilhas Marshall.
Em operação real teria chegado a mais de 10 mil quilômetros – atingiria a Coreia do Norte, por exemplo. E foi essa a capacidade que a Casa Branca quis explicitar com o teste, autorizado diretamente pelo presidente Donald Trump. Fazia ao menos três anos que o Pentágono não fazia um lançamento de campo. As verificações de treinamento e disponibilidade dos mísseis tem sido feitas por simulação em grandes computadores.
Os Estados Unidos mantêm um arsenal de 450 Minuteman. O programa de modernização da frota iniciado em 2005 já consumiu 25 bilhões de dólares. (AE)