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Armando Burd O PERIGO DAS ETIQUETAS

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Mudança visa ajudar consumidor a fazer escolhas alimentares mais conscientes. (Foto: AP)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O reaparecimento das maquininhas de remarcar preços provoca duas reações. Os que têm menos de 25 anos perguntam sobre o funcionamento e se assustam porque estavam acostumados à estabilidade econômica. Os adultos dos idos de 1980 temem porque enfrentaram a inflação mensal de 80 por cento no governo Sarney e que se estendeu até a metade da década de 1990. Supermercados contavam com equipes que usavam uma espécie de pistola e fixavam novos preços. Produtos tinham quatro, cinco etiquetas diferentes  sobrepostas porque não sobrava tempo para retirar o valor anterior.

No final de 1992, o presidente Itamar Franco, com mandato-tampão, herdou de Collor inflação de 46,58 por cento ao mês. Em maio de 1993, nomeou ministro da Fazenda o senador tucano Fernando Henrique Cardoso, que montou uma equipe de economistas de primeira linha para pôr em marcha o Plano Real. Começou a 30 de julho de 1994 com a publicação da medida provisória no Diário Oficial da União. Deu certo, mesmo com ceticismo e torcida contra de adversários, notadamente do PT.

O que falta hoje ao governo federal é provocar um choque de confiança e esperança a exemplo do que ocorreu em 1994 para conter o avanço lento da inflação. A recente reforma ministerial não foi nada animadora neste sentido. Ainda que o tempo corra contra, modelos existem para restituir os bons patamares de consumo, não deixar cair a produção e garantir empregos. O pacto não escrito de manter os preços está rompido. Não há imposto mais cruel para os assalariados do que a inflação elevada.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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