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Economia O pessimismo do consumidor em julho foi o mais alto do ano

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A instituição avaliou também que as estimativas indicam convergência da inflação em direção às metas ao longo de 2019 e 2020. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O pessimismo dos consumidores sobre o momento da economia brasileira chegou no mês passado ao maior nível do ano, segundo sondagem feita pela CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) em parceria com o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil. No levantamento de julho, 83,9% dos entrevistados julgaram que o cenário atual da economia é ruim ou muito ruim. Desde dezembro, quando foi registrado o mesmo porcentual para as duas respostas, não se via percepção tão ruim.

Os principais motivos citados pelo consumidor ao explicar a avaliação negativa são o alto índice de desemprego, a percepção de aumento dos preços e o patamar considerado ainda alto dos juros, apesar dos cortes que levaram a taxa básica de juros, a Selic, ao menor nível da história.

“O achatamento da renda e o desemprego mostram que, no dia a dia do consumidor, pouca coisa evoluiu com relação ao período mais agudo da crise”, comenta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “A recuperação da confiança requer uma retomada mais vigorosa da economia, que aqueça o mercado de trabalho, mas isso não deve ser visto no horizonte dos próximos meses”, acrescenta.

O indicador do SPC Brasil que mede a confiança do consumidor ficou em 41 pontos em julho, um pouco abaixo dos 41,4 pontos do mesmo período do ano passado, mas acima dos 38,8 pontos de junho, o que é lido como uma reação pós-greve dos caminhoneiros. Resultados abaixo de 50 pontos revelam, no entanto, predomínio de visões pessimistas.

A sondagem mostra que 41,5% dos consumidores estão pessimistas ou muito pessimistas a respeito do desempenho da economia nos próximos seis meses. O porcentual é menor, no entanto, do que em junho, quando o grupo pessimista correspondia a 53,5%. A sondagem foi feita com 801 consumidores.

PIB

A atividade econômica, fortemente impactada pela paralisação dos caminhoneiros em maio, resultou em uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,99% no segundo trimestre, segundo o BC (Banco Central).

A alta de 3,29% do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) em junho, na comparação com o mês de maio, foi suficiente para recuperar quase toda a queda de 3,28% no mês anterior, mas não foi capaz de fazer o índice fechar o trimestre no positivo, interrompendo assim cinco períodos seguidos no azul.

Nos três primeiros meses do ano, o avanço foi de 0,2%. Em maio o País sofreu com a paralisação dos caminhoneiros, que prejudicou diretamente a atividade e abalou ainda mais a confiança de empresariado e também dos consumidores. Indicadores após esse período já mostraram alguma recuperação, mas não o suficiente para evitar que as projeções dos agentes econômicos sobre o PIB não sofressem reduções para este ano.

Em junho, por exemplo, a produção industrial brasileira saltou 13,1% sobre o mês anterior, apagando os efeitos negativos provocados pela paralisação nas rodovias. O volume do setor de serviços do Brasil também cresceu, com alta de 6,6% em junho, no melhor desempenho da série histórica, mas recuperando-se da queda de 5% registrada em maio, quando ocorreu a paralisação.

Já as vendas no varejo brasileiro surpreenderam em junho ao encolherem pelo segundo mês seguido. A queda foi 0,3% na comparação com o mês anterior, registrando o pior desempenho para junho desde 2015 (quando a queda foi de 1,1%).

Apesar da taxa de desemprego ter desacelerado no segundo trimestre do ano, o contingente fora da força de trabalho chegou a 65,6 milhões, alta de 1,2% sobre o período anterior e o mais alto da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 2012.

tags: economia

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