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Armando Burd O preço do desequilíbrio

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O rebaixamento da nota do Brasil por mais uma agência de classificação de risco decorre do prejuízo no orçamento federal de 159 bilhões de reais este ano. O adiamento da reforma da Previdência, cujo rombo em 2017 foi de 268 bilhões, é a prova de que o país não se interessa pelo ajuste das contas. Para comparar, o déficit da Previdência em 2008 foi de 37 bilhões.

O desequilíbrio inibirá a entrada de investimentos estrangeiros. Poderão também ocorrer atrasos nos pagamentos de salários dos funcionários, de fornecedores e de prestadores de serviços.

Os compradores de papéis do governo brasileiro, porém, devem ficar tranquilos: o repasse do valor dos juros da dívida, que este ano já chega a 58 bilhões de reais, nunca atrasará. Tem prioridade absoluta.

Opostos

Na área do Trabalho, há um ministério sem ministro. Agora, o presidente Michel Temer vai editar decreto para nomear o ministro da Segurança Pública sem criar nova pasta.

Calendário voa

O MBB gaúcho não quer ficar entregue à dança das expectativas. Ontem à tarde, em Porto Alegre, reuniram-se o ministro Eliseu Padilha, o ex-senador Pedro Simon e os deputados Ibsen Pinheiro, Gabriel Souza e Alceu Moreira. O próximo encontro, em no máximo 15 dias, incluirá o governador José Ivo Sartori para saber se concorrerá à reeleição.

Circuito de obstáculos

Um engenheiro, que há meses tenta liberar documentos para começar a construção de um edifício em Porto Alegre, fez uma pausa no final da tarde de ontem. Tomou fôlego e resumiu a um grupo de amigos: “O burocrata é o antípoda das inovações.”

Vítimas 

Agências de turismo, bares, hotéis e restaurantes do Rio de Janeiro fecharam 20 mil e 200 postos de trabalho no ano passado. Efeito do pânico que tomou conta dos que pretendiam visitar a ex-Cidade Maravilhosa e desistiram. Mesmo assim, há políticos que perderam a noção da realidade e avaliam a intervenção na segurança pública como manobra eleitoreira do presidente Temer.

Estranho

Instituições que defendem os direitos humanos seguem em silêncio cinco dias após 100 meninas terem sido sequestradas por um grupo terrorista na Nigéria.
Deslumbrados
Um episódio que entrou para o folclore político ocorreu a 24 de fevereiro de 1989. A comitiva que acompanhava o deputado federal Paes de Andrade, presidente interino da República, em sua visita ao Ceará, não coube no Boieng 737 requisitado para a viagem. A Força Aérea Brasileira teve de providenciar um avião  maior para que ninguém perdesse a chegada do chefe da delegação a Fortaleza. O destino final era a cidade de Mombaça, a 300 quilômetros. Para esse trecho, foram utilizados vários aviões menores.

Batatas

No livro A Fantasia Desfeita, o economista e professor Celso Furtado definiu Juscelino Kubitschek como “um homem que seduzia antes de convencer”.

Em 1974, Juscelino, que tinha sido cassado, apareceu no centro de Luziânia com um caminhão cheio de batatas. Um amigo lhe perguntou o motivo daquele exagero. A resposta: “Ora, o governo militar me retirou os direitos políticos e me mandou plantar batatas. Sou disciplinado. Comprei uma fazendinha por aqui, no interior, e aí está todo o produto.”

Há 105 anos

24 de fevereiro de 1913, o prefeito José Montaury regulamentou o trânsito de veículos em Porto Alegre. A velocidade máxima passou a ser de 10 quilômetros por hora no Centro e 15 quilômetros nos bairros.

Lucidez

O empresário Antônio Ermírio de Moraes deixou várias lições. Uma delas: “Há uma nítida diferença entre estadista e político. O primeiro é alguém que pertence à nação; o segundo, alguém que pensa que a nação lhe pertence.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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