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Por Redação O Sul | 29 de junho de 2018
O preço médio da passagem para voos domésticos aumentou 7,9% no primeiro trimestre de 2018, na comparação com o mesmo período de 2017, informou nessa sexta-feira a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). De acordo com o levantamento, o preço médio no primeiro trimestre de 2018 ficou em R$ 361,03. No mesmo período de 2017, o preço médio era de R$ 334,49.
Esse aumento, de acordo com a Anac, foi causado pela valorização do dólar em relação ao real e pela forte alta no preço do querosene de aviação. O dólar subiu 3,2% no primeiro trimestre e, o querosene, 18,5%. Segundo a agência, o querosene de aviação responde, sozinho, por 31,4% dos custos das empresas aéreas.
Regra da bagagem
A Anac não informou qual o impacto da nova regra de bagagens no preço da tarifa. De acordo agência, essa avaliação só será possível em 2022, cinco anos após a entrada em vigor.
Segundo o superintendente de Acompanhamento de Serviços Aéreos da Anac, Ricardo Catanant, a Anac nunca disse que o preço da passagem cairia com a nova regra, mas que a desregulamentação da franquia de bagagem era importante para ampliar a concorrência no setor.
A cobrança para o despacho de bagagem foi permitida por regra da Anac aprovada em dezembro de 2016, mas uma liminar adiou a entrada em vigor. A cobrança só começou em 1 de junho de 2017. A primeira companhia a cobrar a taxa extra foi a Azul.
Além das despachadas, o passageiro também podia transportar mala de até 5 kg dentro do avião.
Com a mudança da regra, o passageiro passou a ter direito de viajar com uma mala de até 10 kg, transportada dentro da cabine e nas dimensões previstas pela companhia aérea. Malas acima desse peso precisam ser despachadas e as companhias podem cobrar pelo despacho.
Receitas
Segundo dados divulgados pela Anac, após a entrada em vigor das novas regras de bagagem aumentou a participação dessa cobrança no total de receita das quatro maiores empresas aéreas do Brasil (Tam, Azul, Avianca e Gol).
No primeiro trimestre de 2018, a receita dessas empresas com cobrança por despacho de bagagem respondeu por 1,6% do total. Nesse cálculo, a Anac considera a compra de franquia para despacho de bagagem e também excesso e bagagem.
Já no primeiro trimestre de 2017, essa receita respondeu por 0,7% do total. Segundo a Anac, antes da nova regra essa receita só englobava valores pagos com excesso de bagagem.
No cálculo dessa receita, explicou a agencia, não são consideradas as receitas com passagens aéreas que já incluem o serviço de despacho de bagagem, como as passagens mais caras que são vendidas com opções mais vantajosas de remarcação e já permite o despacho de bagagem.
No primeiro trimestre de 2018 também aumentou a participação das receitas com carga e mala posta, que passou de 4,5% para 4,8% do total. Já a receita com passageiro, que inclui o valor da passagem, caiu de 87,8% para 86,9% do total.