Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Para combater o déficit bilionário da Previdência Social, o presidente Jair Bolsonaro poderá ser obrigado a ressuscitar ministérios, chegando a 29, o mesmo da gestão Temer. Dirigentes partidários e parlamentares consultam correligionários, acionam os celulares e esfregam as mãos com o provável loteamento.
Ventoinha de aeroporto
O painel partidário caracteriza-se pela instabilidade. Com exceção de PT, PDT e Psol, os demais não firmam convicção sobre a reforma da Previdência e ficam na corda bamba. Por alguns favores mudam de posição.
Prazo para sair
O pacote de leis anticrime enfrenta lentidão no Congresso Nacional, levando ao desgaste do ministro da Justiça, Sérgio Moro. O anúncio feito ontem pelo presidente Jair Bolsonaro, de que a primeira vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal, em novembro de 2020, caberá a Moro, torna evidente que o ministro já lhe manifestou o desconforto. Fica no cargo por enquanto, mas insatisfeito.
Parlamentares acham-se geniais
O ministro da Economia, Paulo Guedes, buscará paciência para lidar com os luminares da Câmara, amanhã à tarde, durante audiência pública que discutirá o Projeto de Diretrizes Orçamentárias de 2020. Serão ouvidas preciosidades sobre arrecadação e gastos com dinheiro dos impostos. Deputados federais acham que têm pós-doutorado em Economia. No mínimo…
Sabe o que diz
Ainda sobre Paulo Guedes: tem um estilo didático de explicar o caos financeiro. É qualidade que não víamos desde os tempos de Delfim Netto.
Para evitar a mordida
Em 2018, mais de 40 mil usuários de planos procuraram a Agência Nacional de Saúde Suplementar para se informar sobre reajustes de contratos individuais. Foi o ano em que os aumentos entraram na pauta da Judiciário. O anúncio de 10 por cento foi suspenso e substituído por 5,72 por cento.
Recalculando
Esta semana, o governo federal vai rever sua projeção do Produto Interno Bruto para 2019. Se as contas oficiais caminharem na direção prevista pelos grandes bancos, entre 1,1 e 1,3 por cento, será um tombo e tanto porque a previsão em janeiro era de crescer 2 por cento.
Questão de velocidade
Está na Comissão de Constituição e Justiça, à espera da indicação de relator, o projeto de decreto legislativo que revisa os aumentos salariais autoconcedidos por órgãos do Estado, sem passar por votação no plenário da Assembleia. O autor é o deputado Sebastião Melo.
Nada como os números
Empresários estão pedindo à Assembleia Legislativa que realize uma audiência pública sobre a construção do porto em Torres. Poderão detalhar o volume da produção para convencer investidores privados a aplicarem dinheiro na obra.
Livros & Política
A ex-deputada Manuela D’Ávila percorre capitais para autografar seu livro Revolução Laura. Hoje, estará em Belo Horizonte. Nos momentos de folga, escreve mais um, que entregará à editora no começo de agosto. Depois, começará a preparar a candidatura à Prefeitura de Porto Alegre.
Visão externa
Visão do editorialista do jornal Clarin, de Buenos Aires, referindo-se ao que considera o paradoxo da atual política brasileira: “Acredite-se ou não, militares de direita tentam moderar Bolsonaro, maravilhado com seu guru.”
Sob tempestade
A Argentina precisa também se auto-avaliar: é um barco à deriva nas águas da hiperinflação, fuga de capitais e queda do Produto Interno Bruto. Nos últimos 60 anos, a marca da maioria dos que chegam ao poder é cultivar a popularidade, esquecida de que governar exige sacrifícios.
Caldo entornado
Ainda falta a muitos políticos entenderem o recado: é vergonhoso manter a temporada de sofismas, chantagens e charlatanismo.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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