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Brasil O presidenciável Jair Bolsonaro disse que os homicídios devem ser combatidos “à bala” e não dentro da lei

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Concorrentes apostam em paralisia do deputado nas pesquisas. (Foto: Agência Brasil)

Em viagem a Marabá (Pará), o pré-candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou que homicídios precisam ser combatidos “com bala” e não dentro da lei. Essa e outras afirmações polêmicas foram feitas pelo deputado federal em discurso ao lado de um irmão do empresário Luciano Fernandes, empresário local assassinado em maio por uma suposta disputa de terras.

“Vocês sabem a história do irmão dele, que eu conheci há pouco tempo no Rio de Janeiro. É um crime, ninguém duvida disso. Agora, esses marginais que cometeram esse crime não merecem lei, não. Merecem é bala!”, bradou.

O presidenciável chegou à cidade no início da tarde dessa quinta-feira. No saguão do aeroporto, foi carregado por simpatizantes, vestiu uma cópia da faixa presidencial e depois falou ao público, do alto de um trio elétrico.

“Ter arma-de-fogo é um direito de vocês, é um direito do cidadão de bem. E, mais importante do que a defesa da sua vida, é a defesa da nossa liberdade, que essa ‘esquerdalha’, materializada com o nome de PT, partido de trambiqueiros, quer tirar de nós. Onde o povo trabalha, o PT não cresce”, prosseguiu.

Bolsonaro ainda atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Esse bandido tentou um movimento agora para ficar livre das grades e dos crimes que ele cometeu. Mas, como ainda temos pessoas de bem no Brasil, como o juiz Sérgio Moro, ele vai continuar na cadeia! E a gente espera que o Supremo Tribunal Federal não bote para fora esse grande canalha chamado Luiz Inácio Lula da Silva!”

Mais polêmica

A presença do presidenciável do PSL seria só mais uma das inúmeras caravanas que os pré-candidatos estão fazendo pelo Brasil. Só que foi exatamente nesta região onde se instalou a chamada Guerrilha do Araguaia, movimento armado que combateu a ditadura militar nos moldes da revolução cubana e acabou duramente reprimido pelas Forças Armadas.

Bolsonaro estava acompanhado de um dos ex-comandantes militares da Amazônia, o general da reserva Augusto Heleno Ribeiro Pereira. Ele declarou ao jornal O Estado de S.Paulo que a viagem não tem conexão com a guerrilha. “É uma viagem sentimental”, disse.

Victória Grabois, vice-presidente do grupo “Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro”, classificou a ida de Bolsonaro à região como uma grande provocação: “Ele é um candidato extremamente conservador, autoritário que estava como uma boa colocação nas pesquisas e agora, segundo eu sei, está começando a cair. Isso é uma forma de chamar a atenção”.

A ativista perdeu o pai (Maurício Grabois), o irmão (André Grabois) e o companheiro (Gilberto Olímpio) na Guerrilha do Araguaia. Os três guerrilheiros foram executados pelas forças de repressão da ditadura militar. Segundo os próprios militares, mais de 80 pessoas morreram durante a guerrilha.

Victória lembrou, ainda, que o Brasil chegou a ser condenado em 2010 na Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) por não ter punido os responsáveis pelas mortes e desaparecimentos no episódio.

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