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Brasil O presidenciável Jair Bolsonaro foi vaiado duas vezes em encontro com prefeitos em Brasília

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O presidenciável lidera entre adeptos de todas as vertentes da religião evangélica. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O pré-candidato do PSL à Presidência da República, deputado federal Jair Bolsonaro (RJ), foi vaiado duas vezes nesta quarta-feira (23), durante sabatina na Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, organizada pela CMN (Confederação Nacional dos Municípios). Ele foi o primeiro dos pré-candidatos nas eleições 2018 a ser hostilizado pela plateia, por ter dado respostas consideradas curtas e não se aprofundado no tema em debate. Após o evento, em entrevista coletiva, o deputado disse é normal ser vaiado.  “Teve vaia? Faz parte, cara. Já levei vaia por aí”, disse.

Após a primeira vaia, Bolsonaro perguntou: “É para mim ou pelo tempo?”, em referência ao fato de não ter usado os quatro minutos disponíveis pela resposta. “Já estou satisfeito. Vamos para a próxima”, havia dito ao encerrar sua fala antes da hora.

Bolsonaro respondia a questões da pauta municipalista, como repasses de verbas para Saúde, Educação e Saneamento Básico e também se firmaria compromisso de receber os representantes dos municípios a cada três meses.

Na segunda onda de vaias, Bolsonaro subiu o tom de voz: “Quem tiver ideias, por favor, me procure. Não vim aqui para dizer que sou melhor do que os outros. Não tem solução fácil. Não tem espaço aqui para gente que, na base do grito e do gogó, diz que vai resolver”.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, ponderou que Bolsonaro poderia virar presidente e que todos os partidos estavam representados no plenário – em referência aos prefeitos. “Vamos respeitar e evitar a intolerância”, disse.

Ao iniciar sua participação no palco, o deputado avisou que estava “segurando os ataques” que recebe, desde que assumiu a pré-candidatura. Bolsonaro considera que a campanha será marcada por um “vale-tudo”. “Meu pavio foi curto no passado, cresceu agora”, disse o capitão da reserva do Exército.

Aos prefeitos, Bolsonaro sugeriu a proposta de extinção do Ministério das Cidades, “alvo de cobiças e luta fratricida dentro do Parlamento”, segundo ele. Ele propõe que o governo federal repasse direto os recursos para as prefeituras, sem intermediação da pasta. “Quero ficar sábado e domingo na praia. Se não desburocratizar e mandar o dinheiro direto para os senhores, isso não será possível”, disse o parlamentar.

Bolsonaro ainda disse que verifica com sua equipe econômica se será possível reduzir impostos, mesmo sabendo que os prefeitos vão “chiar”. “Aumentar impostos não passa pela minha cabeça”, afirmou.

“Planejamento familiar”

Em sua exposição, Bolsonaro também defendeu o que chamou de “planejamento familiar” como forma de mitigar problemas de saúde pública e saneamento básico. Ele vinculou diretamente uma quantidade exagerada de filhos a reflexos em programas sociais. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do pré-candidato, já apresentou projeto de lei na Câmara para facilitar o acesso a operações de laqueadura de trompas e vasectomia.

“Planejamento não é controle. É o homem e a mulher, caso não queria mais ter filhos, não tenha. Até que por ventura queiram fazer laqueadura ou vasectomia”, propôs. “Uma pessoa bem instruída, dando os meios para ela não mais ter filhos, pode, no meu entender, colaborar nessa questão do saneamento básico”, afirmou o pré-candidato a presidente.

“Um homem e uma mulher com educação dificilmente vai querer ter um filho a mais para engordar do programa social. É a responsabilidade que tem que fazer parte, obviamente, do jovem homem e da jovem mulher. Essa questão do saneamento… Se a gente conseguir resolver esse problema, grande parte dos problemas de saúde será resolvida. Porque daí é que vem a maior quantidade de pessoas que contraem as doenças mais variadas possíveis.”

Ele se declarou um admirador da política dos Estados Unidos da América. “É um país que deu uma guinada um pouco mais para o centro, estava indo para a esquerda”, afirmou. O deputado voltou a defender mudanças no Estatuto do Desarmamento para “dar direito, a quem por ventura queira, ter a posse de arma principalmente no campo”. “Ninguém vai comprar uma arma para fazer o que não deve. Ele é responsável”, disse.

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