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Mundo O presidente da Itália nomeou senadora vitalícia uma sobrevivente de um campo de concentração dos nazistas

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Liliana Segre, 87 anos, é a sexta pessoa a receber a honraria pelas autoridades de Roma. (Foto: Reprodução)

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, nomeou como senadora vitalícia Liliana Segre, 87 anos, sobrevivente de um dos campos de concentração nazista durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Nascida em uma família de origem judia na cidade de Milão em setembro de 1930, ela tinha apenas 13 anos em 1944, quando foi deportada para o complexo de Auschwitz-Birkenau, na Polônia.

Ao chegar no local, ela foi separada do pai, que jamais voltaria a ver. Com o número de matrícula 75.190 tatuado no braço, Liliana realizou trabalhos forçados em uma fábrica de munições e, em janeiro de 1945, participou da chamada “marcha da morte”, a transferência de prisioneiros do nazismo da Polônia para campos de extermínio na Alemanha.

Segre foi libertada em maio daquele mesmo ano e passou a viver com os avôs maternos, os únicos sobreviventes da família, além dela. A agora senadora vitalícia evitara comentar sobre sua experiência até o início dos anos 1990, mas desde então passou a participar de encontros com jovens para relatar a própria história.

Manifestações

Mattarella comunicou Segre sobre o cargo de senadora vitalícia por telefone e justificou a nomeação com seus “altíssimos méritos no campo social”.

Já o primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, afirmou que a vida de Liliana Segre é um testemunho de liberdade. “Como senadora, ela nos indicará o valor da memória. Trata-se de uma decisão preciosa, 80 anos depois das tristes leis raciais”, ressaltou, em referência às legislação fascista que autorizou a perseguição contra judeus e outras minorias, decretadas pelo ditador Benito Mussolini em 1938, a exemplo do que o seu aliado Adolf Hitler fez na Alemanha.

“Em nome de toda a comunidade judaica na Itália, exprimo nossa comoção pela decisão do presidente Mattarella”, declarou a presidente da Ucei (União das Comunidades Hebraicas Italianas), Noemi Di Segni.

Além de Segre, a Itália possui outros cinco senadores vitalícios: o vencedor do Nobel de Física Carlo Rubbia, a bióloga Elena Cattaneo, o ex-presidente Giorgio Napolitano, o ex-primeiro-ministro Mario Monti e o arquiteto Renzo Piano.

História

A Alemanha nazista manteve campos de concentração em todos os territórios que controlou antes e durante a Segunda Guerra Mundial. Os primeiros foram erguidos na Alemanha em março de 1933, imediatamente depois que Adolf Hitler se tornou chanceler do país europeu, e se expandiram durante o conflito que uniu o Eixo (alemães, italianos e japoneses) contra os Aliados (Estados Unidos, Inglaterra e diversos outros países, inclusive o Brasil).

Utilizadas para aprisionar e torturar adversários políticos e sindicalistas, essas instalações inicialmente reuniram cerca de 45 mil prisioneiros. Em seguida, passaram a abrigar judeus, deficientes físicos ou mentais, criminosos, ciganos e homossexuais. O número de pessoas nos campos, que caiu para 7,5 mil, cresceu novamente para 21 mil no início do conflito mundial e atingiu o pico de 715 mil em janeiro de 1945, último ano do confronto.

Os campos foram libertados pelas forças aliadas entre 1944 e 1945. Auschwitz foi libertado pelos soviéticos em 27 de janeiro de 1945, quando ainda abrigava 7 mil presos, incluindo 180 crianças que haviam sido submetidas a experimentos médicos.

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