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Mundo O presidente da Turquia disse que o assassinato de um jornalista saudita foi um “crime político”

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Como novo mandato, turco terá direito de completar 25 anos na chefia do país. (Foto: Reprodução)

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta terça-feira (23) que a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi dentro do consulado de seu país em Istambul foi “um assassinato político” e que a Turquia não vai se satisfazer com tentativas de colocar a culpa em alguns agentes de inteligência.

Durante um discurso no parlamento, Erdogan não mencionou o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, que alguns congressistas americanos suspeitam que tenha ordenado o crime. Mas ele disse que há “fortes sinais” de que o assassinato “selvagem” do jornalista foi planejado e que a Turquia não vai completar sua investigação até que todas as perguntas tenham sido respondidas.

“Instituições de inteligência e segurança têm evidências que mostram que o assassinato foi planejado. Colocar a culpa de um caso como esse em alguns membros da inteligência e segurança não vai nos satisfazer, nem à comunidade internacional”, afirmou.

O jornalista, crítico de Riad e colunista do jornal The Washington Post, desapareceu no último dia 2 ao entrar no consulado saudita em Istambul para conseguir documentos para se casar. Na sexta-feira (19), o governo saudita confirmou que Khashoggi foi morto no consulado, mas disse que isso ocorreu em decorrência de uma briga entre eles e uma equipe de agentes.

Já no domingo (21), o ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, deu uma nova versão, afirmando que o jornalista tinha sido vítima de uma “operação clandestina”. Erdogan disse ainda que o sistema da câmeras de segurança do consulado saudita em Istambul foi desativado antes do assassinato no local. “Antes, eles [os sauditas envolvidos] retiraram o disco rígido do sistema de câmeras”, afirmou Erdogan no Parlamento em Ancara.

O presidente turco afirmou que se desconhece o paradeiro do corpo de Khashoggi e pediu que a Arábia Saudita revele a identidade de um “cúmplice local” que supostamente ajudou nessa parte da operação. Erdogan pediu ainda que os 18 suspeitos sauditas sejam julgados em Istambul e que todos os que “desempenharam um papel” sejam punidos.

18 detidos

O presidente turco afirmou ainda que 18 pessoas foram detidas pelas autoridades sauditas – incluindo três pessoas apontadas por investigadores turcos como responsáveis pelo crime e três que não tiveram a identidade divulgada.

Erdogan também pediu que os suspeitos sejam julgados em Istambul e que todos os que “desempenharam um papel” sejam punidos. “O assassinato pode ter acontecido no consulado, oficialmente um território saudita, mas está no nosso país. Não pode ficar oculto pela imunidade diplomática”, declarou o presidente turco.

Durante seu discurso, o presidente não falou sobre um suposto áudio que teria registrado as atrocidades do crime e estaria sob poder das autoridades turcas. Ele também evitou acusar diretamente para o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman.

Jamal Khashoggi. (Foto: Reprodução)

 

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https://www.osul.com.br/o-presidente-da-turquia-disse-que-o-assassinato-de-um-jornalista-saudita-foi-um-crime-politico/ O presidente da Turquia disse que o assassinato de um jornalista saudita foi um “crime político” 2018-10-23
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