Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de outubro de 2019
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse ao presidente Jair Bolsonaro que seu país tem interesse em comprar aviões Super Tucano, usados em missões de ataque, e examinar a possibilidades de adquirir o KC-390, maior cargueiro militar fabricado no Brasil. O relato foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo .
Em agosto, o governo de Portugal e a Embraer assinaram contrato para aquisição de cinco aviões KC-390, usados para transporte militar. Foi a primeira venda internacional do cargueiro. O acordo, de € 827 milhões (US$ 917 milhões), é o primeiro contrato de exportação da aeronave.
Os dois presidentes se encontraram por 30 minutos, na única reunião bilateral de Bolsonaro até agora em Tóquio. Segundo Araújo, o presidente ucraniano manifestou admiração por Bolsonaro por seu combate à corrupção e pelas reformas. Volodymyr Zelensky era um comediante que representava um presidente fictício em uma série de televisão de sucesso, usando muitas sátiras e críticas à política tradicional.
Segundo o relato, o único momento em que os dois mencionaram o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi quando abordaram as possibilidades de cooperação na base de Alcântara (MA). O presidente ucraniano recebeu o famoso telefonema de Trump para investigar o ex-vice-presidente John Biden e seu filho.
Ao ser perguntado se seria necessário adotar alguma medida para dar mais ânimo à economia, Bolsonaro afirmou que quem diz que a economia está crescendo pouco ”não entende de economia”.
Bolsonaro desembarcou na segunda-feira em Tóquio, onde iniciou sua viagem por cinco países da Ásia e Oriente Médio. No Japão, além de participar da cerimônia de entronização do imperador Naruhito, o presidente brasileiro se reuniu com empresários, com o primeiro-ministro do Japão, Shinzō Abe, e com a comunidade brasileira no país. Ao falar com os jornalistas, Bolsonaro descartou qualquer crise política e previu que reforma da Previdência deve ser votada no Senado em 24 horas.
Fechamento de embaixadas
Por outro lado, o ministro das Relações Exteriores informou que o Itamaraty tem planos de fechar mais embaixadas, sem dizer quantas. Indagado se seriam 10, respondeu que menos. Segundo ele, há vários critérios para a escolha.
No governo Bolsonaro, já foram fechadas cinco embaixadas abertas durante o governo Lula: Antígua e Barbuda Dominica, Granada, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas.