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Mundo O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que desistiu de discursar na abertura da Assembleia-Geral da ONU em Nova York

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Presidente venezuelano disse que mantém controle do país e pediu fim das sanções americanas. (Foto: Reprodução/Twitter)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, desistiu de discursar na Assembleia-Geral da ONU, no fim do mês, em Nova York, em meio à crise no país e rumores de que ele estaria desconfiado de seu círculo de colaboradores mais próximos. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

“Este ano não vou”, disse Maduro. “Ficarei aqui trabalhando com vocês, mais seguro e mais tranquilo”

Irão em seu lugar a vice-presidente Delcy Rodríguez e o chanceler Jorge Arreaza. Os dois prometem levar ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, um abaixo-assinado de 12 milhões de assinaturas contra as sanções impostas pelos Estados Unidos ao país. Segundo Maduro, o texto mostrará ao mundo ” a verdade do que acontece na Venezuela”.

O Departamento de Estado americano acusou os chavistas de vincular as assinaturas da população à entrega de cestas básicas com alimentos, em meio a uma grave crise de escassez de alimentos no país, algo que Maduro nega.

As sanções, que começaram em 2017, impedem a venda de petróleo venezuelano para os EUA, congelam os ativos do governo chavista no país e proíbem empresas com negócios em território americano de comercializar com a Venezuela.

Maduro sob pressão

Maduro vive um ano de pressão interna e externa na Venezuela. Desde janeiro, o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, lidera uma campanha internacional contra o presidente e pede sua saída do poder, após ter se autodeclarado presidente interino do país, por julgar a votação que reelegeu Maduro fraudulenta.

Apesar disso, a oposição não controla nenhum aparato do Estado venezuelano e conta com apoio diplomático de mais de 50 países.

Em abril, Guaidó liderou um levante frustrado contra Maduro, que contou com o apoio de alguns focos militares. Desde então, o líder chavista redobrou a preocupação com dissidências internas, principalmente nas Forças Armadas, que são fiadores de seu governo.

O governo americano tem mantido canais informais com dois dos principais homens do chavismo, o ministro da Defesa Vladimir Padrino – que chegou a participar das discussões do movimento contra Maduro, segundo o Washington Post – e o número dois do chavismo Diosdado Cabello, acusado nos Estados Unidos de corrupção e narcotráfico.

A OEA (Organização dos Estados Americanos) aprovou na quarta-feira (11) uma proposta de convocação de reunião que pode ativar o Tiar (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca).

O pacto, da época da Guerra Fria, prevê a defesa mútua dos países do continente em caso de ataques externos e foi defendido pelo presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, como uma forma de pressionar o governo de Nicolás Maduro. No limite, a ativação do tratado abre caminho para uma intervenção militar na Venezuela.

Apesar disso, diplomatas brasileiros afirmam que o cenário não será o de adoção de instrumentos de força. O Brasil se uniu a Colômbia, EUA e aos representantes de Guaidó para apresentar a proposta ontem à OEA.

Apenas 26% dos hospitais da Venezuela têm água

Os recentes apagões que atingiram o sistema elétrico na Venezuela agravaram as condições do sistema de saúde do país. Segundo uma pesquisa feita pela Universidade Central da Venezuela e divulgada na quarta-feira (11), apenas 26% dos hospitais do país têm serviço de água diariamente. Em média, os centros médicos venezuelanos contam com 6 horas e 48 minutos de energia elétrica por dia.

Nos últimos meses a entrada de equipamentos básicos de saúde no país, liberada após um acordo entre governo e oposição e intermediado pela Cruz Vermelha, melhorou as condições de atendimento em prontos-socorros e centros cirúrgicos da Venezuela. Apesar disso, o colapso do sistema de saúde local é iminente.

“Nenhuma ajuda humanitária substitui um sistema de saúde decente”, disse à agência Bloomberg o médico Julio Castro, autor do estudo.

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