Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O presidente do Supremo, Dias Toffoli, pediu à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República a apuração do caso do advogado que abordou o ministro Lewandowski durante um voo

Compartilhe esta notícia:

Mendes pediu providências a Toffoli (foto), que solicitou apuração ao órgão. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, pediu à Polícia Federal e à PGR (Procuradoria-Geral da República) que apurem o caso do advogado que abordou o ministro Ricardo Lewandowski em um voo.

Na terça-feira (4), o advogado Cristiano Caiado de Acioli foi detido após se dirigir a Lewandowski em um voo de São Paulo para Brasília e afirmar que o Supremo é uma “vergonha”.

Para Dias Toffoli, Lewandowski foi ofendido e, por isso, o caso precisa ser apurado e os órgãos, tomarem as “providências cabíveis”.

O ofício de Toffoli é dirigido à procuradora-geral Raquel Dodge e ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a quem a PF é subordinada.

Na terça, o gabinete de Lewandowski divulgou a seguinte nota sobre o caso:

“Ao presenciar um ato de injúria ao Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowski sentiu-se no dever funcional de proteger a instituição a que pertence, acionando a autoridade policial para que apurasse eventual prática de ato ilícito, nos termos da lei.”

Acioli foi detido ao chegar ao Aeroporto de Brasília e levado à Superintendência da Polícia Federal para prestar esclarecimentos.

O advogado disse ter tratado Lewandowski “com o pronome devido”, usando “toda a etiqueta necessária”. “Fiz uma manifestação, é uma essência da Constituição. É um direito básico”, afirmou.

O ministro Luís Roberto Barroso também estava no voo.

Entenda o caso

O caso ocorreu em um voo comercial que saiu do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com destino a Brasília. Em um vídeo que circulou nas redes sociais, o ministro aparece sentado na primeira fileira de um voo da Gol quando foi abordado pelo passageiro, antes da decolagem (veja abaixo o que foi dito).

Acioli, de 39 anos, foi detido ao chegar no aeroporto de Brasília e ouvido por um delegado da PF. Ele é filho da subprocuradora-geral da República aposentada Helenita Amélia Gonçalves Caiado de Acioli.

Acioli foi liberado por volta das 18h. O advogado que o representa, Ricardo Vasconcellos, informou no fim desta tarde que, “não houve imputação de crime”, e que o relatório sobre o caso ainda estava sendo finalizado pelo delegado da PF. “Não me falaram por qual crime eu vou responder”, disse Acioli.

“Tratei ele [Lewandowski] com o pronome devido. Usei toda a etiqueta necessária. Fiz uma manifestação, é uma essência da Constituição. É um direito básico.”

“Fui preso por um técnico judiciário que entrou na aeronave. A conduta dele foi ilegal e abusiva. A conduta do ministro foi ilegal e abusiva. Todas as opções legais eu vou tomar”, afirmou Acioli.

A assessoria do ministro confirmou a discussão. Segundo a equipe, “o passageiro começou a injuriar o STF como instituição, não pessoalmente ao ministro Lewandowski”, e por isso o ministro solicitou a presença de um agente da PF.

aeronave e perguntaram se o advogado se acalmaria para o voo prosseguir “sem problemas”. Acioli disse ter concordado.

Perto da aterrissagem, em outro vídeo que circulou nas redes sociais, o advogado se levantou e começou a gravação dizendo: “Senhoras e senhores, eu queria um minuto da atenção de vocês. Eu sou só um cidadão, mas temos aqui neste voo o ilustre ministro Ricardo Lewandowski, e eu, na minha liberdade constitucional de me manifestar, eu disse que tinha vergonha do Supremo Tribunal Federal, e este ministro me ameaçou de prisão, tão somente porque eu exerci minha liberdade constitucional”.

“Eu, enquanto cidadão, gostaria de deixar minha nota particular de desagravo, porque a gente ainda vive em uma democracia. Eu não sou um presidiário tentando dar uma entrevista. […] Eu sou apenas um cidadão que me dirigi respeitosamente ao ministro Lewandowski para fazer uma crítica do que eu sinto, do que eu penso. Eu amo o Brasil, eu não admito o meu direito ser tolhido, independentemente da religião, do credo que cada um nesse avião tem, isso é inadmissível numa pessoa que deveria ser um guardião da Constituição”, prosseguiu.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Aplicativo pode diagnosticar a anemia a partir de fotos de unhas
100 mil gaúchos já têm a Carteira Nacional de Habilitação no celular
https://www.osul.com.br/o-presidente-do-supremo-dias-toffoli-pede-a-policia-federal-e-a-procuradoria-geral-da-republica-a-apuracao-do-caso-de-advogado-que-abordou-o-ministro-lewandowski-durante-um-voo/ O presidente do Supremo, Dias Toffoli, pediu à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República a apuração do caso do advogado que abordou o ministro Lewandowski durante um voo 2018-12-06
Deixe seu comentário
Pode te interessar