Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de janeiro de 2017
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou ter subestimado o impacto que os ataques cibernéticos russos e as notícias falsas teriam na eleição presidencial vencida pelo republicano Donald Trump. Questionado sobre o relatório de inteligência que apontou interferência de Moscou nas eleições, Obama disse que ordenou a investigação para ter certeza de que era uma prática recorrente do líder russo, Vladimir Putin.
“Isso é algo que Putin esteve fazendo por algum tempo na Europa, especialmente em velhos países satélites, mas de forma crescente nas democracias ocidentais.” Ele mencionou o risco de que a influência russa se repita na Europa Ocidental – neste ano a França escolhe seu novo presidente e a Alemanha renova o Parlamento.
Segundo o relatório, a Rússia primeiro lançou uma campanha para minar a candidatura da democrata Hillary Clinton. Porém, mais tarde, passou a apoiar Trump quando a chance de vitória do bilionário tornou-se real. Para o presidente eleito, os esforços de Obama para atestar a interferência russa “são uma caça às bruxas” e o democrata ordenou a investigação “por terem apanhado feio” no pleito de novembro.
Sobre seu sucessor, Obama disse que se opõe a Trump “em diversas coisas”, mas admitiu que os dois têm uma coisa em comum: confiança. “Acho que é um pré-requisito para o trabalho [de presidente], ou pelo menos você deve ser louco o suficiente para pensar que pode fazer este trabalho”, afirmou. (Folhapress)