Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2018
Donald Trump defendeu, neste domingo (15), em sua conta no Twitter, o uso da expressão “missão cumprida” para se referir aos ataques à Síria no sábado (14). Segundo ele, a missão foi “tão perfeita, com tamanha precisão, que o único jeito que a mídia de fake news pode diminui-la foi por conta do meu uso do termo missão cumprida”.
“Eu sabia que se apegariam a isso, mas eu achei que era um termo militar tão bom que deveria ser retomado. Use-o com frequência”, escreveu ele. O uso do termo por Trump no sábado evocou comparações com George W. Bush, que, em 2003, se postou sob uma faixa em que estava escrito “Missão Cumprida” e declarou que as operações de combate no Iraque teriam terminado, seis semanas após a invasão. Mas a guerra se arrastou por anos.
Ataque
Na sexta-feira (13) que lançou uma ofensiva aérea contra a Síria, em represália ao suposto ataque químico que matou 40 pessoas na semana passada. A Casa Branca diz que o ato em questão teria sido ordem do ditador sírio, Bashar al-Assad.
Segundo Trump, o lançamento de 58 mísseis liderado por Washington teve como objetivo destruir cerca de um quinto da Força Aérea síria. A ação teve participação de militares do Reino Unido e da França, que anunciaram apoio aos EUA há dois dias.
O presidente americano também afirmou que uma ação coordenada com esses aliados está em curso, integrando esforços militares, diplomáticos e econômicos dos governos das três nações. Trump considera o suposto ataque químico da semana passada uma escalada significativa no conflito que já dura sete anos e matou mais de 400 mil pessoas no país árabe, chamando esse ato de “crimes de um monstro” e “ataque perverso e vil que deixou pais, mães, bebês e crianças agonizando”.
Trump disse ainda que americanos e seus aliados estão preparados para manter a pressão sobre Assad até que cessem os ataques com armas químicas, enfatizando, contudo, que os EUA não buscam manter presença por tempo indeterminado no conflito.
Reunião
A reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), em que o projeto de resolução russo para condenar o ataque de sexta-feira na Síria foi rejeitado, teve troca de ameaças e discursos em tom elevado.
Os embaixadores da Síria e da Rússia na ONU, que negam o uso de armas químicas, acusaram as três potências de mentir sobre seus interesses ao atacar a Síria e de fabricar fatos para justificar o ataque. Já os representantes de EUA, Reino Unido e França foram duros ao condenar o uso de armas químicas, que é proibido por convenções da ONU. Os EUA ainda ameaçaram o regime de Assad afirmando que estão “carregados e engatilhados” caso seja feito mais uso de armas químicas.
Este foi o 5º encontro do Conselho de Segurança desde o suposto ataque químico em Duma. A aprovação de qualquer resolução no Conselho de Segurança é difícil porque os EUA e a Rússia, que têm poder de veto, estão em lados opostos.