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Por Redação O Sul | 29 de abril de 2018
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no sábado (28) que se reunirá com o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, “em três ou quatro semanas”, o que representa uma leve antecipação em relação às estimativas da Casa Branca, que fixou a reunião para o final de maio ou início de junho.
A declaração de Trump foi dada em um discurso em Michigan para simpatizantes. “Vai ser um encontro muito importante, a desnuclearização da península da Coreia”, acrescentou Trump em meio a cartazes azuis com as palavras “promessas guardadas” e “fazer os EUA grande de novo”, seu lema de campanha e que utilizou para esse comício.
A desnuclearização foi tema de encontro entre o secretário de Estado do governo Trump, Mike Pompeo, e Kim Jong-un, em abril. O assunto também foi discutido na reunião histórica entre Kim e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, na sexta-feira (27).
Os simpatizantes de Trump cantaram a palavra “Nobel” quando ele começou a falar do seu diálogo com a Coreia do Norte, o que provocou risos do líder, que respondeu: “Só quero fazer o meu trabalho”.
O Comitê Nobel norueguês, encarregado de decretar a cada ano o Nobel da Paz, começou em fevereiro uma pesquisa sobre uma possível indicação de Trump ao prêmio, o que fez com que alguns de seus simpatizantes, incluindo o congressista Luke Messer, pedissem formalmente o Nobel para Trump por causa do tema Coreia do Norte. A reunião entre Trump e Kim será a primeira na história entre líderes dos EUA e da Coreia do Norte.
Encontro histórico
A fala de Trump aconteceu após o encontro histórico entre o presidente da Coreia do Sul e o ditador da Coreia do Norte. A conversa entre os dois líderes teve início às 10h15min de sexta-feira (22h15 de quinta-feira no horário de Brasília).
Após se cumprimentarem, Moon aceitou o convite de Kim e pisou brevemente no lado Norte da fronteira, sorrindo. Em seguida, ambos cruzaram para o lado Sul. Kim se tornou o primeiro líder da Coreia do Norte a cruzar a fronteira em mais de 65 anos.
Na reunião, os dois países se comprometeram a assinar um acordo de paz ainda neste ano. O pacto vai substituir o armistício de 1953. A guerra foi interrompida por cessar-fogo, mas nunca teve um fim oficial. Os líderes também concordaram em trabalhar pela completa desnuclearização da península. Mesmo com o anúncio, ainda pairam algumas dúvidas sobre a promessa de paz entre as Coreias.
Trump elegiou o encontro. “A guerra da Coreia terminou! Os Estados Unidos e todo seu grande povo deveriam estar muito orgulhosos do que está acontecendo agora na Coreia”, escreveu o magnata em sua conta no Twitter.
Em um outro tuíte, o norte-americano ressaltou que o encontro aconteceu depois de um ano “furioso de lançamentos de mísseis e testes nucleares”. “Boas coisas estão ocorrendo, mas apenas o tempo dirá”, escreveu o magnata.